segunda-feira, 16 de novembro de 2015

TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES.O QUE DIZ A CIÊNCIA?



Antigamente antes de concluir a minha faculdade eu ficava com isso na cabeça ,será crianças e adolescentes podia fazer musculação. A mídia e muitas pessoas e até profissionais da saúde ,como até mesmo médicos e entre outros tinha esse cuidado desse mito de crianças e adolescentes não podia fazer musculação porque iria prejudicar no seu crescimento,por isso só indicava natação e esporte coletivos. Mais a ciência diante de vários estudos mudou essa visão sobre esses assuntos. (Nelson Personal Fitness Especialista)

Apesar de estarmos no século XXI, ainda existem pessoas, e entre elas até professores de Educação Física, que teimam na proibição de crianças e adolescentes quando se trata de praticar musculação.
Uma das frases que mais escuto é: “A musculação vai fechar a epífise dos ossos e atrapalhar o crescimento” e quando pergunto quem falou isso as respostas são sempre a mesma “Ouvi falar” ou “Dizem”.
Ora, “Ouvi Falar” e “Dizem” não são estudiosos de Anatomia, e nunca vi nenhum artigo deles.
Em português não existem muitos trabalhos científicos sobre os efeitos da musculação em crianças, mas entre os que eu conheço, cujas fontes cito abaixo, não encontraram nenhuma prova que possa proibir uma criança ou adolescente de praticar musculação.
Pelo contrário, nos resultados da pesquisa de LOPES, Andrei Guilherme (2002) consta: “Por outro lado, pôde ser observada uma alteração significativa nos resultados dos testes antropométricos e motores realizados nas crianças da amostra, onde foi possível constatar um incremento nas capacidades físicas necessárias para o dia a dia”
Aliás, temos um problema, não em relação à criança, mas sim em relação aos pais, que levados pela enxurrada de informações sem bases científicas impedem seus filhos de praticar uma atividade muito benéfica no desenvolvimento das habilidades motoras dos seus filhos.
E mais alguns benefícios que crianças e adolescentes podem ter na prática da musculação foram listados por RISSO et all (1999):
1) aumento da força muscular
2) melhora nos testes motores de aptidão física e performance
3) melhoria no desempenho esportivo
4) diminuição de ocorrência de lesões
5) melhoria no desempenho atlético
6) manutenção da saúde
7) redução do estresse emocional
8) redução no tempo de recuperação de lesões
9) auxiliar na prevenção de doenças músculo-esqueléticas
10) aumento da auto-estima, imagem e consciência corporal
11) melhora nas medidas de composição corporal
12) diminuição da pressão sanguínea de adolescentes hipertensos
13) melhoria nos níveis de lipídios sanguíneos
14) diminuição da gordura corporal

No trabalho de Andrei Guilherme Lopes foi feito um exame radiológico dos cotovelos e joelhos das crianças selecionadas, devidamente autorizado pelos pais, depois as crianças passaram por um período de 4 semanas de adaptação ao treinamento e logo a seguir, 12 semanas de treinamento de força com 80% da carga máxima avaliada pelo teste de repetição máxima proposta na literatura por Roberts & Weider 1995.
Após esse período, as crianças repetiram as avaliações radiológicas e foram comparados os resultados pré e pós-treinamento de força, ficou claro que não houve alterações das epífises dos ossos longos.
O que pode realmente atrapalhar o crescimento seria uma lesão na epífise dos ossos longos, e é mais fácil uma criança se lesionar jogando bola com seus amigos do que numa sala de musculação sob uma supervisão competente.

No entanto, qualquer criança ou adolescente normal corre, salta e arremessa e nem por isso deixa de crescer, o problema está no excesso, na orientação inadequada e até na falta de atividade física, pois é ela que acelera o crescimento longitudinal, a espessura dos ossos, a liberação da testosterona e do hormônio de crescimento.
Esses benefícios são ainda mais evidentes na musculação. Fatos comprovado na literatura por Risso et all 1999, Weineck 1999 e Fleck & Kraemer 1999.


resumo

Um número crescente de crianças e adolescentes estão envolvidos no treinamento de resistência em escolas, centros de fitness e instalações de treinamento esportivo. Além de aumentar a força muscular e poder, participação regular em um programa de treinamento de resistência pediátrica podem ter uma influência favorável sobre a composição corporal, a saúde óssea, e redução de lesões relacionadas ao esporte. O treinamento de resistência direcionados para melhorar os baixos níveis de fitness, força tronco pobre, e os déficits na mecânica do movimento pode oferecer saúde e fitness benefícios observáveis ​​para os jovens atletas. No entanto, programas de treinamento de resistência pediátrica precisam de ser bem projetado e supervisionado por profissionais qualificados que entendem a singularidade física e psicossocial de crianças e adolescentes. A integração sensata de diferentes métodos de treinamento junto com a manipulação periódica de variáveis ​​de projeto programas ao longo do tempo vai manter o estímulo de treinamento eficaz, desafiador e agradável para os participantes.
Pais e profissionais de saúde, geralmente, não enxergam com bons olhos a prática de exercícios de força por crianças e adolescentes. De fato, muitas academias até restringem a matrícula na musculação a uma idade mínima, que varia de 14 a 18 anos. A preocupação principal é que exercícios de força possam afetar o crescimento. O que diz a ciência sobre isso?

Quem faz musculação fica baixinho?

O treinamento de força para crianças é envolto de mitos e preconceitos. É muito comum que profissionais da saúde proíbam atividades de força para crianças e adolescentes, para evitar prejuízos no crescimento. Afinal, quem faz musculação fica baixinho?


Estudos transversais (aqueles que fornecem um “retrato” de determinado tema) indicam que crianças e adolescentes engajadas em atividades de força ou potência, como ginástica ou musculação, tendem a serem mais baixas do que aquelas que praticam outras modalidades, tais como basquete. Isso significa que o treinamento de força prejudica ou o basquete melhora o crescimento? Nem um, nem outro. Estudos longitudinais, que acompanham crianças e adolescentes ao longo dos anos, sugerem que nem a prática de modalidades de força ou potência, nem a prática de basquete alteram o crescimento. Como explicar, então, o fato de que ginastas são notadamente mais baixos do que jogadores de basquetebol. Simples, trata-se de um processo de “seleção natural”. Ninguém em sã consciência imaginaria que a Daiane dos Santos pudesse lograr êxito como pivô da seleção brasileira de basquete juvenil, tampouco que o Oscar Shmidt, em sua adolescência, pudesse alcançar resultados expressivos numa prova de argolas, por exemplo. Assim, o sucesso e o fracasso esportivo acabam por guiar crianças e adolescentes com determinadas características físicas (ex.: alto, baixo) a uma modalidade ou outra. Não há nenhuma evidência, portanto, que a prática de musculação prejudique o crescimento.  

Isso não significa dizer que alguns cuidados especiais não precisem ser tomados. Em primeiro lugar, é importante reconhecer que crianças e adolescentes estão em fase de crescimento, de modo que a carga de treinamento e a execução dos exercícios precisam ser devidamente ajustadas, de modo a não lesionar o disco epifisário, responsável pelo crescimento longitudinal dos ossos. A literatura científica demonstra que lesões de discos epifisários ocasionados por mau planejamento de treinamento afetam o crescimento da peça óssea. Isso não significa, necessariamente, que a criança ficará baixinha, porém poderá haver assimetria de membros, o que é um tanto pior. Em segundo lugar, crianças e, em especial, adolescentes tendem a buscar resultados rápidos quando iniciam um programa de musculação. Ocorre que antes da puberdade, período maturacional em que não há um ambiente hormonal favorável à hipertrofia, o treinamento de força promove ganhos de força, principalmente, através de adaptações chamadas de neurais (coordenação, por exemplo), e menos por ganhos de massa muscular. Na pressa de conseguir os músculos desejados, é cada vez mais comum que adolescentes recorram a substâncias ilícitas, como esteroides anabolizantes, para alcançar seus objetivos. Além de todos os malefícios provocados por essas drogas à saúde geral do indivíduo, há evidências de que algumas delas também provoquem, precocemente, o “fechamento” dos discos epifisários, afetando, dessa maneira, o crescimento.

Podemos dizer, portanto, que atividades de força e potência não prejudicam o crescimento quando realizadas sob orientação de um profissional qualificado, certificado para lidar com crianças e adolescentes. No entanto, lembrem-se sempre que o processo de crescimento é um período vulnerável, no qual estímulos indevidos, como, por exemplo, treinamento excessivo e uso de esteroides anabolizantes, podem trazer consequências negativas irreversíveis ao organismo, como redução de crescimento.

Até a próxima!  
por Nelson Personal Fitness Treinamento customizado 
    Especialista em Treinamento na Empresa                                                                                        Gallo Personal Systems –Brasil
Profissional de Educação Física 000733 G/TO
Personal Trainer Qualificado pelo Professor e Drº André Fernandes
Personal Trainer Qualificado pelo Professor e Drº José Carlos Gallo
Pós Graduando em Nutrição Esportiva
Pós Graduando em Fisiologia do Exercício,Biomecânica,Personal  Laboro/Estacio
Professor Capacitado em Treinamento Funcional pelo Core 360º

fonte

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/
http://daninobile.com.br/
www.cienciainforma.com.br

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