segunda-feira, 22 de junho de 2015

SAÚDE AGORA: Silenciosa e perigosa » H. pylori causa gastrite, úlcera e aumenta o risco de câncer de estômago



Países com alta incidência incrementam programas de erradicação de bactéria descoberta há 30 anos

Em 1984, os médicos australianos Robin Warren e Barry Marshall publicaram a versão completa do estudo no qual descreviam uma bactéria capaz de sobreviver à acidez do suco gástrico e de infectar a mucosa do estômago e causar inflamações. A Helicobacter pylori, popularmente conhecida como H. pylori, já atingia a população há milhares de anos, fato pelo qual os pesquisadores foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 2005, por “reescreverem” a literatura científica no que diz respeito à causa de úlceras gástricas e gastrites. Trinta anos depois da descoberta tida como um marco na medicina, a bactéria transmitida por água e alimentos contaminados continua causando doenças gástricas, entre elas, o câncer de estômago.
 Esse tipo de câncer, associado à presença da H. pylori, é o terceiro tumor maligno mais frequente nos homens e o quinto nas mulheres. Além disso, é responsável por 700 mil mortes por ano em todo o mundo e por 20 mil novos casos por ano no Brasil, uma incidência considerada moderada. Países com alta incidência desse tipo de tumor, como o Japão e Coreia do Sul, recentemente consideraram a infecção um problema de saúde pública e criaram programas de tratamento em toda a população infectada.
 Como qualquer bactéria com transmissão fecal-oral, por meio da ingestão de alimentos e água contaminados, os casos de H. pylori são mais comuns em países em desenvolvimento, com saneamento deficiente. No estômago do homem, a bactéria causa uma inflamação. Segundo Luiz Gonzaga, a imensa maioria das pessoas fica por toda a vida com a bactéria e ela não causa problema. “Entretanto, cerca de 10% dos que desenvolvem os sintomas da gastrite, como a dor no estômago, ou ainda mais graves, como os da úlcera gástrica. Um percentual ainda menor, estimado em menos de 1%, pode desenvolver o câncer de estômago”, explica o especialista. A maioria das pessoas se contamina antes dos 10 anos de idade.
 ATENÇÃO
A recomendação é combater a bactéria, mas ao se considerar que mais de 60% dos brasileiros estão infectados seria economicamente inviável. Segundo Chinzon, tratam-se os sintomáticos, como aqueles pacientes com úlcera, os que tiveram diagnóstico confirmado e quem tem caso de câncer de estômago em parente de primeiro grau. Pacientes que farão uso crônico de anti-inflamatório também são candidatos ao tratamento. Segundo Luiz Gonzaga, no passado havia o temor de uma segunda infecção após a bactéria ter siso erradicada, mas estudos mineiros mostram que a reinfecção ocorreu em só 2% da população. Já uma possível vacina, apesar de em pesquisa, ainda é uma realidade distante. “É uma bactéria que aprendeu a sobreviver no estômago”, diz Luiz.

TRÊS PERGUNTAS PARA:

VICTOR HUGO RODRIGUES
ONCOLOGISTA E DIRETOR DO CETUS-HOSPITAL DIA


A H.pylori é considerada carginógeno classe I para câncer de estômago. Qual seu impacto no desenvolvimento da doença?

Apesar da alta frequência de infecção por H. pylori na população, somente uma minoria de indivíduos desenvolve câncer gástrico. Há dois tipos deles relacionados à bactéria H. pylori: o adenocarcinoma e o linfoma do tipo MALT. A H. pylori está intimamente ligada ao linfoma gástrico do tipo MALT, que se instala no tecido do revestimento interno. O linfoma gástrico tipo MALT é altamente curável e raro. Em estágios iniciais, o tratamento do câncer é a erradicação da H. pylori com antibióticos e, em estágios avançados, com quimioterapia para linfoma.

Por que isso ocorre?
É provável que a colonização da mucosa por cepas patogênicas, levando à maior agressão e inflamação da mucosa, seja um dos elos da cadeia de eventos da oncogênese gástrica. Após instalada, a bactéria provoca alterações na mucosa do estômago que lenta e progressivamente podem gerar a transformação carcinomatosa.

Em caso de diagnóstico de câncer de estômago, é preciso erradicar a bactéria? Ela pode agravar a doença?
É preciso erradicar a bactéria, sim, e diminuir sua perpetuação. Todo carcinógeno deve ser eliminado, sempre que possível. Uma vez que o câncer de estômago já estiver instalado em estágios mais avançados, não se cura a doença, mas também há indícios de se erradicar a bactéria.




por
Nelson Personal Fitness Treinamento Customizado
Especialista na Empresa Gallo Personal Systems
Esp.em Nutrição Esportiiva
Esp. em Fisiologia do Exercicio,Biomecânica e Personal na Laboro/Estácio
Curso em Personal trainer com professor José Carlos Gallo
Curso em Personal Trainer e Emagrecimento e Hipertrofia com o professor e doutor André Fernandes.
Curso em Treinamento Funcional Core 360º

fonte
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena

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