Se o nódulo era muito grande repetir o tratamento local após 2 meses.
Se estiverem presentes linfonodos axilares palpáveis, estes podem regredir após o tratamento local.
Caso persistirem, também poderão ser infiltrados com a mesma metodologia usada no nódulo de mama.
Efeitos colaterais: caso durante o tratamento local apareça um estado de irritação acentuada, equimoses ou persistência de dor intensa, suspender durante um ou dois dias e em seguida voltar com o tratamento.
Em caso de sede excessiva e acentuado cansaço, beber muitos líquidos, mesmo que com açúcar; salgar mais os alimentos.
Utilizar integradores alimentares contendo potássio e magnésio
Melanoma e câncer de pele
Utilizar um vidro de tintura de iodo a 7%.
Aplicar a tintura com um cotonete o um palito (em função da dimensão do tumor) sobre a área doente 20-30-40 vezes em sessões diárias.
(Sim, até 40 vezes ao dia!).
Continuar dia após dia até se formar uma crosta.
Ao se levantarem as bordas da crosta, evitar removê-la ou produzir abrasões.
Deixar que a tintura escorra debaixo da borda apoiando somente o palito em proximidade da borda.
Continuar de toda maneira a aplicar a tintura também sobre a área tratada.
Após a queda da primeira crosta continuar o tratamento sobre a área residual até cair a terceira crosta.
Neste momento o tumor deverá ter sumido.Mais informações no site
Este é o Dr. Tullio Simoncini, médico oncologista e especializado também em diabetes. Italiano, reside em Roma, onde tem um consultório e uma clínica nos quais atende a pacientes de câncer de vários países. Ele está revolucionando o tratamento desta doença que mata 9 milhões de pessoas no mundo inteiro por ano. Suas descobertas e sua terapia são tão simples que é até difícil de acreditar que ninguém, antes dele, tenha tentado essa alternativa. Leia a matéria e vá aos sites indicados e lincados abaixo.
De vez em quando recebo circulares de internet, dessas que entopem a nossa caixa-postal, sobre terapias alternativas para a cura de determinadas doenças ou sobre remédios desenvolvidos empiricamente, alguns oriundos da medicina popular, os quais teriam resultados espetaculares.
Geralmente estas circulares terminam na lixeira do meu pecezinho, embora as leia e até tente descobrir nelas alguma prova ou evidência das verdades e das maravilhas que apregoam. Raramente encontro algo realmente aproveitável.
Mas esta semana, estava fazendo a limpeza da caixa-postal da minha mulher, a pedido dela, quando geralmente deleto tudo que não vai ler -- mesmo porque não é dotada daquela curiosidade natural que, em mim, é uma espécie de vício ou de deformação profissional de jornalista --, quando lá encontrei um comunicado-circular de internet com um título que parecia coisa de charlatanismo: "FINALMENTE, A CURA DO CÂNCER!"
Minha primeira reação foi "Não vou nem ler essa picaretagem, vou teclar 'delete' diretaço!" Mas, como tenho um trauma com relação a essa doença, porque já perdi pessoas muito próximas e queridas em conseqüência dela, resolvi ler o comunicado, cujo teor vou resumir na seqüência, com as minhas palavras.
Um médico italiano, o Dr. Tullio Simoncini (gravem este nome), descobriu há cerca de 26 anos atrás, algo simples e, à primeira vista, até inacreditável, que na sua opinião convicta é a principal causa do câncer, ou melhor, de todos os tipos de cânceres: as candidíases, ou seja, as doenças que se manifestam sob a forma de aftas e bolhas, causadas pelo fungo "Candida albicans". É uma doença tão comum que até os recém-nascidos geralmente são atacados por ela, quando estão com "sapinho" (aftas na parte interna ou externa da boca).
Inicialmente banido da comunidade médica italiana, ridicularizado pela sua "descoberta" e visto até como charlatão, apesar de ter um senhor currículo médico e uma história pessoal bacana (ele é músico, já teve bandas de rock e é desportista), o Dr. Simoncini foi ganhando respeito com o passar dos anos, na medida em que obtinha curas aparentemente impossíveis e reversões consideradas quase milagrosas com a sua terapia, que é mais simples ainda: a aplicação, na área dos tumores, de uma solução de bicarbonato de sódio (fórmula química NaHCO3), na concentração de 20% (200 gramas de bicarbonato para um litro de água). Em alguns casos especiais, eles utiliza outros produtos, como o iodo, numa solução de 7%, no caso do melanoma maligno (um tipo de câncer de pele altamente letal), mas para combater a mesma causa: a candidíase.
Os êxitos do oncologista italiano -- segundo vários testemunhos que encontrei na internet, não somente em sites mantidos por ele ou por seus adeptos -- têm sido tão impressionantes que seus trabalhos passaram a ser divulgados e levados a sério em outros países. Recentemente, em setembro passado, foi aplaudido de pé durante a 36a. Convenção Anual Sobre Câncer/2008, em Los Angeles, quando apresentou suas idéias e a sua terapia realmente revolucionárias e que causam um forte impacto -- o vídeo está lá no site e eu vi. A expressão que encontro mais próxima para descrever a sua metodologia é a de que ele conseguiu inventar uma espécie de "ovo-de-Colombo".
Quebrando paradigmas e não aceitando as supostas verdades e os conhecimentos até então obtidos pela cancerologia tradicional como valores absolutos, o Dr. Simoncini começou a estudar e a pesquisar essas candidíases, vendo nelas uma possível correlação direta com o câncer, como o fator causal que provoca, que dá origem à multiplicação enlouquecida das células de um tecido ou de um órgão. Ele partiu de uma idéia muito simples: achou muito estranho que todos os tipos de câncer estivessem associados de alguma forma à candidíase. Seu raciocínio foi mais ou menos o seguinte: vários são os tipos de tumores, mas todos -- rigorosamente todos -- têm em comum o aparecimento de aftas no paciente. Então, pode estar ocorrendo o contrário -- pensou ele. A causa do câncer pode ser o fungo "Candida albicans".
Aprofundando seus estudos, constatou em exames e durante cirurgias que, nos órgãos e tecidos atacados por tumores, existe sempre uma área de muitas manchas brancas ou de pequenos pontos brancos espalhados que, segundo ele, são exatamente as colônias do fungo Candida albicans atacando os órgãos que, por sua vez, para se defenderem do ataque, começam a multiplicar as células cancerígenas ou cancerosas, de forma enlouquecida, daí surgindo os tumores. Estes seriam, portanto, uma tentativa de defesa do organismo contra o ataque das colônias do fungo Candida albicans.
A partir desta constatação, o Dr. Simoncini resolveu atacar essas colônias de fungos usando o medicamento mais simples e mais antigo que a humanidade conhece para esses casos: o bicarbonato de sódio. Assim, ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonato de sódio, não apenas ingerível, mas aplicado sob a forma de soluções ou injeções de maneira metódica e controlada sobre os tumores.
Resultados surpreendentes começaram a acontecer. Tumores de pulmão, de próstata e de intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as aftas, após uma série de aplicações da solução de bicarbonato de sódio, em dosagens orientadas por ele. Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento. Para quem se interessar mais pelo assunto, sugiro que faça uma visita aos seguintes sites e sigam o seguinte roteiro:
1) Assistam, em primeiro lugar ao vídeo -- que impressiona qualquer um -- que está no site
http://www.cancerfungus.com/simoncini-cancro-fungo.php O vídeo é, na verdade, uma entrevista e, por sinal, bastante didática, em que o Dr. Simoncini tira todas as dúvidas e apresenta uma resumo das suas descobertas e da sua terapia, mostrando inclusive alguns casos de cura. Ele explica quais os tumores contra os quais já foram obtidos resultados concretos com esta terapia -- e são muitos. Diria que praticamente todos os tipos de cânceres podem ser tratados pelo seu método. O médico fala em italiano, mas o vídeo está legendado em português (de Portugal).
2) Em seguida, vá ao site mantido pelo Dr. Simoncini:
http://www.curenaturalicancro.com/Lá estão dezenas ou centenas de outras informações, inclusive sobre os métodos utilizados para aplicação do bicarbonato de sódio sobre os tumores. Existem também links para outros sites e livros que tratam do mesmo assunto e, inclusive, entrevistas e depoimentos de outros médicos aparentemente sérios que estão se dedicando a essa nova forma de tratar o câncer.
3) Existem, ainda, outros sites, como este aqui, em português:
http://www.cancerfungus.com/br-blog-simoncini-cancer-fungos.phpSegundo as informações que colhi no site do Dr. Simoncini, praticamente quase todos os tipos de tumores podem ser tratados e curados com esse tratamento simples e barato. Sob o intertítulo "Alcuni dei tanti casi trattati" (Alguns dos vários casos tratados), ele cita: (segue o nome do tipo de câncer em italiano e vou tentar traduzir, em vermelho:
►AdenoCarcinoma Bronchiale [Adenocarcinoma pulmonar (dos brônquios)]
►AdenoCarcinoma dell'intestino [Adenocarcinoma de intestino]
►Adenocarcinoma della Prostata
[Adenocarcinoma da próstata]►Cancro della Prostata [Câncer de próstata]
►Carcinoma Cervice Uterina [Carcinoma cérvico-uterino]
►Carcinosi Peritoneale [Carcinoma Peritonial]
►EpatoCarcinoma con vari piccoli tumori Polmonari [Hepatocarcinoma com pequenos tumores pulmonares]
►Linfoma non Hodgkin [Linfomas do tipo Não-Hodgkin]
►Tumori Cerebrali in Melanoma diffuso [Tumores cerebrais do melanoma maligno]
►Melanoma Palpebra [Melanoma maligno da pálpebra]
►Sarcoma di Ewing [Sarcoma de Ewing]
►Tumore ai Polmoni [Tumores dos pulmões]
►Tumore alla Vescica
[Tumores da bexiga]
►Tumore della Colecisti [Tumores da coliciste]
►Tumore Midollare [Tumores da medula]
►Epatocarcinoma [Hepatocarcinoma - turmores do fígado]
►Epatocarcinoma con metastasi.polmonari [Hepatocarcinoma com metástases pulmonares]
Ainda no site, encontro depoimentos gravados de 15 pessoas, de vários países do mundo, dando testemunhos convincentes sobre os seus próprios casos e relatando o tratamento com o bicarbonato de sódio, até à cura completa. Alguns mostram radiografias e outros tipos de exames para provar o que estão falando. Existem também os depoimentos de outros médicos endossando as informações dos pacientes.
Sinceramente, se essas descobertas e demais documentos apresentados pelo Dr. Simoncini não forem verdadeiros, estaríamos diante de um dos maiores charlatões de todos os tempos. Mas, se forem, estamos diante de um gênio, que fez a descoberta mais importante da história da Medicina moderna e encontrou a solução para um dos maiores males do universo.
No mundo inteiro, morrem, por ano, nada menos que nove milhões de pessoas em conseqüência do câncer. Se apenas 1% (um por cento) delas puder se beneficiar da terapia do Dr. Simoncini, seriam 90 mil mortes a menos por ano. Mas, pelo que vi e estou lendo a respeito, o número de beneficiados poderá ser substancialmente maior. Duro é convencer os médicos oncologistas tradicionais e os especialistas da área médica em geral, que agem dentro de padrões estabelecidos, ou seja, de forma convencional, de que ele está certo -- de que os errados seriam eles.
Por outro lado, não podemos esquecer que existe toda uma indústria poderosíssima montada para usufruir lucros a partir da doença: laboratórios farmacêuticos, fabricantes de equipamentos de radioterapia e cobaltoterapia, os hospitais e clínicas especializados, as cirurgias absurdamente caras e complicadas, os "professores-doutores-catedráticos-PHDs", etc, etc... Não vai ser fácil, não. A comunidade da máfia-de-branco vai reagir. É de lei.
Acho que este médico italiano merece o Prêmio Nobel de Medicina, se tudo o que estou lendo tiver algum embasamento na realidade. E, pessoalmente, pelo que li e pesquisei -- e foi muita coisa --, eu acho que tem. E de uma coisa não duvido: é um cara sério! Não se trata de mais um picareta na face da Terra. E o mais incrível, para mim: embora essas terapias já venham sendo praticadas por ele desde 1983, é incrível que, até agora, os veículos de comunicação, principalmente aqui no Brasil, ainda não abriram espaço e não divulgaram adequadamente suas descobertas. Vai mal essa imprensa brasileira...
Desvendando os Segredos do Câncer. pH
Tratamento do câncer acidificando o pH intracelular e alcalinizando o pH intersticial. As duas faces de Judas.
Dr. José de Felipe Junior
novembro/2008
- “Na arte de curar, deixar de aprender é omitir socorro e retardar tratamentos esperando maiores evidências científicas é ser cientista e não médico” JFJ
- “Em primeiro lugar sempre a Medicina Convencional,” JFJ
“Se a Medicina Convencional não proporcionou os efeitos desejados temos o direito e o dever como médicos de utilizar os recursos da Medicina Complementar." JFJ
“Nunca devemos trocar uma Medicina pela Outra, porém temos o dever de complementá-la com as Estratégias mais modernas da literatura médica de bom nível disponível” JFJ
“Na verdade a MEDICINA é uma só” Vários Autores
“É do médico a responsabilidade do paciente” Convenção de Helsinque
“As enfermidades são muito antigas e nada a respeito delas mudou. Somos nós que mudamos ao aprender a reconhecer nelas o que antes não percebíamos” Charcot
“A verdadeira causa das doenças e a MEDICINA ainda não fizeram as pazes. É porque a MEDICINA ainda é muito jovem. E o que dizer dos tratamentos” JFJ
Os íons H+ ou mais precisamente H3O+ são de importância fundamental na fisiologia e bioquímica da célula. Os íons H+ possuem a propriedade de construir pontes de hidrogênio entre as moléculas de água produzindo o que chamamos de água estruturada ou água tipo B : baixa densidade, inativa osmoticamente e viscosa. É a água predominante no citoplasma das células quiescentes , que não estão em regime de proliferação (Wiggins-1972).
Pelo fato de funcionar como agente que estrutura a água os íons H+ são chamados de kosmotropos e comparando com outros agentes que constroem as pontes de hidrogênio o H+ é considerado um kosmotropo forte. Nas células
neoplásicas predomina a água de alta densidade, ativa
osmoticamente e fluída, com escassas pontes de
hidrogênio e que chamamos de água desestruturada ou água tipo A. Os
íons hidroxila OH- são agentes que destroem as pontes de hidrogênio e são chamados de íons caotropos sendo considerados agentes desestruturadores ou caotropos fortes.
O
citoplasma de todas as células contém dois tipos de água : tipo A e tipo B. Nas células normais predomina a água tipo B e nas células neoplásicas a água tipo A. No citoplasma das células normais o
pH é
ácido, água estruturada e nas células neoplásicas o
pH é
alcalino, água desestruturada (Felippe-2008).
O presente trabalho é uma revisão dos fatores químicos que interferem na concentração de H+ no citoplasma das células neoplásicas, assim como as vias e mecanismos que foram descobertos recentemente. Este conhecimento nos permitirá entender melhor as estratégias que utilizaremos em clínica nos pacientes acometidos com a doença chamada câncer.
O pH do sangue normal está entre 7.38 e 7.42. No extracelular de células em estado quiescente, isto é sem proliferação o pH também está entre 7.38 e 7.42 , entretanto nas células em proliferação o extracelular é muito ácido, em geral com pH de 6.9 a 7.0, encontrando-se valores de até 6.0.
O pH intracelular de células normais gira em torno de 7.2 e das células em proliferação o pH é francamente alcalino.
A maior fonte de ácidos é a respiração celular, onde a
glicólise anaeróbia gera
ácido lático e a
fosforilação oxidativa gera
CO2 que no meio aquoso forma
ácido carbônico. Na célula normal o acido lático segue a via da fosforilação oxidativa
mitocondrial e temos a formação de CO2 que acidifica levemente o citoplasma. A leve acidificação estrutura a água intracelular e as pontes de hidrogênio construídas permitem a função das
enzimas e das macromoléculas ; mantém a estrutura terciária e quaternária das proteínas e mantém em posição as hélices do
RNA e do
DNA. Entretanto, quando acontece um excesso de acidificação a função celular é impedida. Neste momento com a finalidade de sobreviver entram em ação as bombas de
extrusão de H+ , como o antiporter NHE1.
Quando as células vão iniciar o processo de proliferação celular seja de uma forma fisiológica na reposição de células, seja na proliferação celular neoplásica, caracteristicamente o pH citoplasmático torna-se alcalino.
O primeiro trabalho da literatura que implicou o pH citoplasmático na mitose foi escrito por Johnson e Epel em 1976: “O pH intracelular do embrião do ouriço do mar aumenta 0.3 unidades de pH entre 1 e 4 minutos após a fertilização. O aumento do pH é requerido para o desenvolvimento inicial. O aumento resulta da troca de Na+ extracelular por H+ intracelular”. O aumento de 0.3 u de pH intracelular significa 30 nanomoles a mais de íons alcalinos OH- no citoplasma.
O início da proliferação celular por indução da mitose quase sempre é precedido pela alcalinização do citoplasma usualmente desencadeada pela estimulação dos canais de Na+ / H+ (Tannock -1989).
Hoje sabemos que as células neoplásicas em proliferação tipicamente apresentam no intracelular alcalose metabólica com pH alcalino e no meio intersticial que a circunda, acidose
metabólica com pH ácido. O pH alcalino intracelular promove as condições ideais de proliferação
mitótica e o pH ácido intersticial condições ideais de proliferação, invasividade tumoral e metástases ao lado de inibir as células “natural killer” e os
linfócitos T
citotóxicos de defesa e promover a
angiogênese ativando os
macrófagos (Crowther-2001 , Vermeeulen-2004 , Felippe -2008).Geralmente o pH extracelular dos tumores é cerca de 0.5 unidades de pH mais ácido que o tecido não neoplásico correspondente; isto significa um aumento de 50 nanomoles de H+ no interstício tumoral (Yamagata-1996).
O pH ácido intersticial diminui a inibição por contato e facilita a proliferação celular ao lado de inibir as
matrix metaloproteinases do interstício (MMPs) e promover a invasividade tumoral e o desgarramento das células,
metástases.
Vários autores verificaram que o pH na zona alcalina quero dizer a alcalose metabólica intracelular é elemento chave na indução da transformação neoplásica e ou na manutenção do processo neoplásico (Harguindey-1995 , Perona-1988 , Reshkin-2000).
Quando o pH intracelular se desloca para a zona alcalina invariavelmente acontecem os seguintes eventos:
ativação da fosfofrutokinase
aumento da glicólise anaeróbia, que é o motor da proliferação mitótica, pois fornece ATP para o núcleo
inibição da fosforilação oxidativa e do ciclo de Krebs
aumento da síntese de DNA, ativando a glicose 6 fosfatodehidrogenase e o shunt das pentoses, evento precoce da mitose
ativação do ciclo celular: fase S e fase G2/M
diminuição da apoptose
facilitação da transformação maligna
aumento da proliferação celular neoplásica
aumento da expressão de oncogenes
aumento da atividade de fatores de crescimento
aumento da invasividade tumoral
aumento da migração celular: metástases
aumento da angiogênese
aumento da resistência à quimioterapia
aumento da resistência á radioterapia
Se um fator externo provocar alcalinização citoplasmática em um grupo de células este aumento de íons OH- no citoplasma aumenta a água tipo A desestruturada a qual diminui o grau de ordem do sistema termodinâmico aberto que é a célula provocando um estado de aumento de entropia que em seu ponto máximo suportável atinge o “estado de quase morte”.
Neste instante as células para se manterem vivas ativam todos fatores de sobrevivência disponíveis desde a época que éramos seres unicelulares e para não morrer começam a proliferar. São células doentes lutando contra a morte, lutando contra o estado máximo de entropia.
No cerne da alcalinização citoplasmática das células neoplásicas está a bomba Na+ / H+ uma estrutura de membrana que troca H+ intracelular por Na+ extracelular, alcalinizando o citoplasma e acidificando o interstício. É a bomba antiporter NHE1.
Nos mamíferos as NHE (existem 9 isoformas) se localizam na membrana celular e na membrana interna da mitocôndria. Além de interferir na concentração de H+ no intracelular elas regulam o volume celular e a reabsorção de NaCl nos rins, intestinos e outros epitélios.
Nas células normais com pH intracelular normal o NHE1 não é funcional e quando as células começam a produzir íons H+ e se acidifica este transportador é ativado. Nas células transformadas e nas células neoplásicas o NHE1 é hiperativo e a alcalinidade resultante está relacionada diretamente com a velocidade de proliferação celular descontrolada (Reshkin-2000 , Moolenar-1983 , Rich-2000).
A atividade da NHE1 também está relacionada com a invasão e a motilidade das células tumorais, devido à acidez intersticial (Reshkin-2000 , Klein-2000 , Denker-2002 , Putney-2003 , Lagana-2000 , Bourguignon-2004).
pH intracelular (pHi) e pH extracelular (pHe) dos tumores sólidos
Warburg em 1924 já havia mostrado “in vitro” que a glicólise tumoral depende fortemente dos níveis do pH.
Atualmente sabemos que as células neoplásicas apresentam o pH intracelular desviado para o alcalino, o pH extracelular desviado para o ácido e despolarização da membrana celular, isto é, diminuição do potencial trans-membrana ou baixo Em (Cone-1971 , Lang-1988, Marino-1994, Hagmat-1972, Bingelli-1980 , Sun-2003).
Nas situações que o paciente já recebeu vários tipos de quimioterápicos e está resistente a múltiplas drogas (“MDR”) invariavelmente encontram-se as alterações acima descritas (Keizer-1989 , Roepe-2001 , Hoffman-1996 , Perek-2002 , Weinsburg-1999).
Demonstrou-se que tanto nas células leucêmicas como nos tumores sólidos do endoderma, do mesoderma e do endoderma, encontra-se um pH alcalino no citoplasma. Em nenhuma outra moléstia humana encontra-se este tipo de anomalia.
Este gradiente de pH da célula cancerosa – alcalino dentro e ácido fora – parece ser uma característica fundamental de todas as células neoplásicas. Alguns autores acreditam que se encontrarmos métodos que acidifiquem o intracelular e alcalinizem o extracelular possivelmente estaremos resolvendo o problema que chamam câncer.
Este é um modo muito simplório de pensar, visto que como já demonstramos em estudos anteriores (Felippe- 2004 , 2005 , 2006, 2007, 2008) as células neoplásicas não podem ser consideradas como inimigas. Elas são células doentes tentando sobreviver e necessitam de tratamento e não de aniquilação. Entretanto, vamos continuar com esta revisão do câncer à luz do equilíbrio ácido – básico que se relaciona intimamente com a estruturação / desestruturação da água intracelular.
Na célula neoplásica predomina a glicólise anaeróbia que produz ácido lático. Para continuar proliferando a célula cancerosa além de ativar o antiporter Na+/H+ (saída de H+ e entrada de Na+) ativa também o simporter lactato / H+ (saída de lactato e saída de H+ do citoplasma): essas duas bombas alcalinizam o citoplasma e consequentemente ativam a fosfofrutokinae a qual ativa a glicólise anaeróbia e o shunt das pentoses (Wahl-2002 , Parkins-1997 , Yamagata-1998).
Entretanto existem outros sistemas de transporte que as células neoplásicas doentes colocam em ação com o objetivo de sobreviver.
Sistemas de transporte que provocam a alcalinização citoplasmática
Existem vários mecanismos de extrusão do H+, ao lado do NHE1:a- anidrases carbonicas b- vacuolar H+-ATPasesc- simporter H+/Cl-d- simporter lactato/H+e- bomba Na+/K+ ATPase (estimula a NHE1)f- antiporter Na+/H+ ou NHE1
Sabemos que a proliferação mitótica se faz em meio levemente alcalino e que o intenso metabolismo anaeróbio das células malignas com aumento exagerado da produção de ácido lático acidifica o meio intracelular e impede a proliferação celular. Como mecanismo de sobrevida as células malignas aumentam a expressão das anidrases carbônicas de membrana CAIX e CAXII, as quais transportam para o meio extracelular o excesso de íons H+ acidificando o interstício e alcalinizando o intracelular propiciando de um lado a invasividade tumoral e de outro alcançando um pH citoplasmático ideal para proliferação mitótica. A acetazolamida é um forte inibidor das
anidrases carbônicas IX e XII (Felippe-2007).
Para Ivanov as anidrases IX e XII se encontram somente nas células normais altamente especializadas. Entretanto, nas células transformadas acontece aumento da expressão destas enzimas como mecanismo de sobrevivência (Ivanov-2001). Para Zavadova a expressão da anidrase carbônica IX se restringe à mucosa do trato alimentar, porém, ela está presente em alta porcentagem de cânceres humanos, tecidos que normalmente não é encontrada (Zavadova-2005).
Nestes tecidos ela é induzida pela acidose intracelular e a hipoxia.
O principal responsável pela alcalinização citoplasmática continua sendo a bomba antiporter Na+/H+ ,entretanto precisamos lembrar que no melanoma esta bomba não é o principal fator responsável pelo desequilíbrio do pH.
É interessante assinalar que vários agentes carcinogênicos são capazes de ativar a bomba NHE1, provocando alcalose intracelular, acidose intersticial e despolarização de membrana celular: 1- forbol ester2- diacil-glicerol3- P-glicoproteína4- Tirosina-kinase5- Proteína kinase C6- TGF-alfa7- IGF-II 8- vários fatores de crescimento: EGF, PDGF, etc...9- oncogenes10- vanadato11- flúor12- cloreto de alumínio (AlCl3)13- várias drogas e agentes químicos considerados carcinogênicos
Os seguintes fatores são capazes de ativar o antiporter NHE1 provocando neoangiogênese:
IL-1 aumenta também a atividade da H+-ATPase
IL-8
EGF
PDGF
G-CSF
GM-CSF
TNF-alfa
HGF/SF
TGF-alfa
IGF-I
Angiotensina II
PGE2 induz alcalose intracelular independente do NHE1
Insulina
Tanto o EGF como o PDGF, fatores de crescimento no câncer, ativam a fosforilação da proteína tirosino kinase (PTK) alcalinizam o intracelular e promovem aumento passageiro do cálcio por liberação das reservas do intracelular o que ativa a glicose-6-fosfatodehidrogenase (G-6PD) do shunt das pentoses desencadeando a síntese de DNA e o aumento da proliferação celular.
Por outro caminho a PTK promove a hidrólise do fosfatidilinositol-bifosfato produzindo diacil-glicerol e inositol trifosfato (IP3). O diacil-glicerol estimula a proteína kinase C que estimula o antiporter NHE1 alcaliniza o citoplasma e no final aumenta a síntese de DNA . O IP3 mobiliza cálcio das reservas do intracelular que ativa a G-6PD (Moolenaar-1985 e1986).
Sparks mostrou pela primeira vez na literatura que nas células transformadas a ativação da Na+/K+ ATPase induz um ciclo vicioso de ativação da NHE1 (Sparks-1983).
Não é de hoje que surgem trabalhos mostrando que o aumento do pH intracelular desempenha efeito direto na transformação celular e no desenvolvimento tumoral (Lagarde-1986 , Rotin-1989 , Zettenberg-1981 , Garcia-Canero-1990).
Vários estudos têm mostrado categoricamente que a alcalinização citoplasmática com alcalose metabólica intracelular é fator essencial na transformação tumoral, desenvolvimento tumoral, crescimento celular, sobrevivência neoplásica e produção de metástases (DiGiammarino-2000 , Cameron-1984 , Orive-2003 , Reshkin-2000 , Moolenar-1983 , Rich-2000).
Em resumo podemos escrever que as evidências experimentais mostram que : todos fatores de crescimento potencialmente induzem a ativação do NHE1, na ausência de fatores de crescimento a proliferação celular pode ser induzida pela alcalinização citoplasmática, a resposta proliferativa é dependente de sódio extracelular, inibidores específicos da NHE1 bloqueiam a resposta proliferativa induzida pelos fatores de crescimento, e células que não possuem NHE1 apresentam divisão celular de baixa velocidade.
O outro lado da face de Judas :
o lado bom
Várias drogas funcionam inibindo o NHE1. Elas acidificam o intracelular e provocam diversos efeitos anticarcinogênicos tais como, diminuição da proliferação celular, indução da apoptose, inibição da angiogênese e diminuição da invasividade tumoral e das metástases:
Squalamina: diminui a proliferação celular e a angiogênese (Moore-1993)
Sulindac: induz apoptose e diminui a angiogênese tumoral
Genisteína: inibe a tirosina kinase, a proteína tirosino kinase, a proliferação das células endoteliais, a migraçãocelular, a trancetolase e a G-6PD do shunt das pentoses e inibe a ativação do plasminogênio-urokinase (Felippe-2006)
Captopril: diminui a angiogênese (Vogt-1997 , Volpert-1996 , Adachi-1999)
Amiloride: diminui a atividade do plasminogênio-urokinase
Edelfosine: diminui a angiogênese
Somatostatina: aumenta Bax e p53 e provoca apoptose (Thangaraju-1999)
Progesterona , mas não a 20 alfa Hidroxiprogesterona (Chien-2007)
Cimetidine
Clonidine
Harmaline
A somatostatina inibe o NHE1 e a bomba H+-ATPase provocando acidificação intracelular e induzindo a p53 e o Bax que são fatores apoptóticos. A somatostatina também inibe a glicose-6-fosfatodehidrogenase e a transcetolase e assim dificulta a produção de DNA no shunt das pentoses.
A progesterona natural , mas não a 20 alfa hidroxiprogesterona provoca inibição não genômica da bomba NHE1, acidifica o citoplasma e suprime a resposta celular a mitógenos. A progesterona natural é um imunomodulador que suprime a ativação das células T durante a gestação. Este é o primeiro trabalho da literatura mostrando que a progesterona inibe o antiporter NHE1 (Chien-2007).
Outras drogas acidificam o intracelular por mecanismo diferente da inibição da NHE1 e provocam o mesmo tipo de efeitos anticarcinogênicos :
Warfarin: diminui a síntese de prostaglandinas , acidifica o citoplasma e diminui a angiogênese tumoral
Suramin: inibe a H+-ATPase e diminui a angiogênese e a proliferação tumoral
Staurosporina: induz acidificação intracelular por mecanismo desconhecido e diminui a angiogênese
Lovastatina: induz acidificação intracelular e provoca apoptose (Pérez-Sala-1995)
A lovastatina diminui a isoprenilação das proteínas, acidifica o citoplasma, aumenta a degradação do DNA e provoca finalmente a apoptose celular. O pH citoplasmático chega a decrescer 0.9 unidades (aumento de 90 nanomoles de H+) e o efeito é dose dependente, isto é, quanto maior a dose de lovastatina maior a indução de apoptose.
A apoptose promovida pela lovastatina é inibida pela suplementação com mevalonato, pela ativação da proteína kinase C e pela inibição da síntese protéica fatores estes que promovem a alcalinização do meio intracelular (Pérez-Sala-1995).
Já vimos que a acidificação do intracelular por ex., inibindo o antiporter NHE1, abole uma série de fatores de crescimento, aumenta a apoptose e induz a parada do ciclo celular mitótico (Rotin-1987 , Vairo-1992 , Doppler-1985 , Boscoboinik-1989 , Sanchez-Perez-1995).
Do lado oposto a alcalinização do intracelular por ex., por drogas que ativam o antiporter NHE1 facilita a ação dos fatores de crescimento, diminui a apoptose e acelera o ciclo celular e assim induzem o insucesso do tratamento do câncer, sendo portanto formalmente contra-indicadas (DiGiammarino-2000 ,Gillies-1990 ,Terradez-1993):
imidazol
cloroquina
glutationa
mevalonato
fatores que ativam a proteína kinase C
Muitas substâncias capazes de induzir apoptose nas células neoplásicas são capazes também de provocar acidificação intracelular (Park-1999 , Wolf-1997 , Overbeeke-1999 , Angoli-1996 , Furlong-1997 , Matsuyama-2000 , Rebollo-1995 , Li-1995 , Luo-1994 , Hamilton-1993 , Zanke-1998 , Shrode-1997 , Gottlieb-1995 , Roepe-1993 , Garcia Canero-1999 , Tannock-1989 , Murakami-2001 , Goossens-2000 , Barry-1993 , Altan-1998).
Lembrar que acidificação intracelular significa aumento da água tipo B , estruturada, fisiológica com caráter entrópico negativo e alta ordem no sistema termodinâmico celular.
A resistência dos tumores às drogas pode ser devida à sua falência em provocar a devida acidificação da célula neoplásica (Torigoe-2002 , Belhoussine-1999).
De fato, drogas usadas na quimioterapia como a adriamicina, cisplatina, paclitaxel e camptotecin são incapazes de provocar apoptose quando o citoplasma não está acidificado (Keizer-1989 , Reshkin-2003 , Murakami-2001, Goossens-2000 , Mayer-1986).
Algumas drogas ativam o NHE1 , alcalinizam o citoplasma, porém não induzem a proliferação celular. O motivo é que tais efeitos são de pouca intensidade e principalmente de curta duração.
catecolaminas
bradicinina
cafeína
teína
fatores quimiotáticos
caeruleina
ferricianide
ácido retinóico
Acidose intracelular por inibição da extrusão do ácido lático pelos bioflavonoides
Os bioflavonoides são potentes inibidores da extrusão de ácido lático nas células do tumor de Ehrlich. Os bioflavonoides mais potentes são aqueles que possuem 4 a 5 grupos hidroxila. A quercetina é capaz de inibir até 50% do efluxo de lactato na dose de 0,1 microgramos, in vitro. Nota-se também diminuição parcial da produção de lactato. Este efeito é secundário à acidificação das enzimas glicolíticas, principalmente da fosfofrutokinase que necessita de um pH alcalino ideal para o integral funcionamento (Belt-1979).
Alguns bioflavonoides inibem a glicólise anaeróbia de uma grande variedade de tumores interferindo no ADP e no fosfato inorgânico que são requeridos na glicólise. Os bioflavonoides e principalmente a quercetina inibem também a bomba Na+/K+ - ATPase.
A quercetina inibe a proliferação de vários tipos de células tumorais em cultura em doses muito pequenas, da ordem de 5 a 20 microgramos por ml de meio de cultura (Soulinna-1975).
O problema em clínica é que a quercetina é pobremente absorvida pelo trato gastrointestinal, o que levou Helion Povoa a sugerir o seu uso por via sub-lingual.
Acidose Metabólica no Câncer
Conhecemos muitos relatos na literatura de regressão espontânea do câncer relacionadas com a acidificação do organismo tanto em animais como em seres humanos.
O primeiro trabalho da literatura mostrando os efeitos curativos da acidose no câncer talvez tenha sido escrito por Ana Goldfeder onde relatou “o tratamento acidótico das neoplasias” (Goldfeder-1933).
Em 1931 Meyer associou a indução de acidose metabólica local ou sistêmica com as regressões do câncer observadas com as toxinas do soro de Coley e outros processos que provocavam febre (Mayer-1931, Reding-1928 e 1929 - in Harguindey-2005).
Anghlieri usando o cloreto de amônio , Selawry o ácido lático Harguindey o ácido clorídrico e Verne e Mori o ácido acético, repetidamente observaram regressões completas de vários tipos de tumores implantados em animais. Entretanto, os estudos em animais são de curto prazo e os autores não mostram as estatísticas de sobrevivência. A acidose metabólica prolongada e acentuada aumenta o índice de caquexia e provoca arritmias ventriculares inclusive a parada cardíaca.
Existem relatos de muitas regressões tumorais em pacientes submetidos a uretero-sigmoidostomia, procedimento que provoca acidose metabólica importante (Mahoney-1960 , Harguindey-1975).
Gatenby em 2002 considerou a azotemia com moderada acidose metabólica a responsável pelo aumento de sobrevida e redução das metástases nos pacientes com câncer que se submeteram a nefrectomias.
A moderada acidose metabólica proporciona estruturação da água citoplasmática e provoca a regressão do tumor com aumento da sobrevida, porque atingimos o cerne da fisiopatogenia do câncer, que é o estado de quase morte provocado pelo grave aumento da entropia celular ( Felippe-2008).
Entretanto, se a acidose for intensa e de longa duração ela facilita a invasividade tumoral e as metástases por ativar as metaloproteinases da matrix extracelular (MMPs) assim como impede a ação do sistema de defesa do hospedeiro inibindo os linfócitos T citotóxicos e as células “natural killer”.
Cruelmente a acidose intersticial peri-tumoral ativa os macrófagos os quais aumentam a produção de fatores que promovem a neo-angiogênese tumoral (Crowther-2001 , Vermeeulen-2004). Quando o pH se reduz no interstício acontece inibição da quimiotaxia, da capacidade bactericida e da atividade respiratória dos polimorfonuclear leucócitos ao lado da diminuição da citotoxicidade e da proliferação dos linfócitos T (Lardner-2001).
Alcalose Metabólica no Câncer
Quando um típico fibroblasto humano diplóide cresce em meio com tampão bicarbonato com pH variando de 6.9 a 8.0 o crescimento é limitado por um mecanismo chamado inibição por contato. Este fato independe do tipo de tampão, o crucial é o nível do pH do meio que circunda a célula. Quando o meio é ácido ocorre diminuição da inibição por contato e a proliferação é maior. Tudo indica que a inibição do crescimento por contato é fortemente dependente do pH.
Existem algumas diferenças importantes assim como muitas semelhanças entre as células normais e as células neoplásicas. As células neoplásicas crescem muito bem em pH ácido e portanto são menos susceptíveis à inibição por contato, entretanto quando bicarbonato é colocado no meio as células cancerosas sofrem um declínio no crescimento (Ceccarini-1971).
O pH ácido intersticial diminui a inibição por contato e facilita a proliferação celular. Pelo contrário, o pH alcalino aumenta a inibição por contato e dificulta o crescimento celular diminuindo a proliferação celular.
O médico italiano Tullio Simoncini relata a evolução benéfica de vários tipos de câncer em pacientes submetidos a uma alcalose metabólica de média intensidade e longa duração. O autor utilizou o bicarbonato de sódio a 5% por via intravenosa, via oral, intra peritoneal e intra tecal que além de alcalinizante é hiperosmolar.
Em seu site :
http://www.curenaturalicancro.com/ , o oncologista italiano com o emprego do bicarbonato de sódio hipertônico mostra como evoluiu vários tipos de câncer , situado nos mais variados locais : colo- retal, próstata , mama, carcinoma terminal de cervix de útero , carcinomatose peritoneal de adenocarcinoma de endométrio, linfoma não Hodgkin, metástase cerebral de melanoma difuso, melanoma de olho , sarcoma de Ewing, câncer de pulmão, câncer de bexiga, metástases hepáticas de colangiocarcinoma, carcinoma hepático, carcinoma hepático com metástase pulmonar, etc..
Casos clínicos do Dr Tullio Simoncini nas suas palavras:
Case one: A patient diagnosed with pulmonary neoplasm of the lung, underwent treatment with sodium bicarbonate, before submitting to surgery to remove part of the lung. Treatment consisted of sodium bicarbonate administered orally, by aerosol, and IV. After first treatment reduction of nodules and absorption was evident, and after 8 months was no longer visible at all. Treatments also reduced size of the liver and results were confirmed by both X-ray and CAT scan.
Case two: A nine-year-old child is hospitalized and diagnosed with Ewing’s Sarcoma on the right humerus. Despite several chemotherapy cycles surgery removed the humeral bone. Growth of three tumor masses continued despite continued efforts to stop progression. Sodium bicarbonate salts treatment were then started administered by catheter into the right sub-clavian artery in order to administer the salts (phleboclysis of 500 cc at five per cent) directly on the tumoral masses. Of the 3 masses shown by the scographic scan of May 7, 2001, whose size is respectively:a. 6,5 cmb. 4,4 cmc. 2,4 cm After the sodium bicarbonate salts treatment only one tumor was left, with a size of only 1.5 cm, which is most likely residual scarring, as shown by the echography of September 10, 2001.
Case three: A 62-year-old patient undergoes surgery in December 1998 for endometrial adenocarcinoma, followed by successive cycles of radiotherapy and anti-hormone therapy. Following the thickening of the peritoneum and the growth of several lymph nodes due to carcinosis; from the clinical point of view, the patient’s condition decayed with the presence of exhaustion, general swelling, intestinal meteorism, irregularity of evacuation, steady feeling of heaviness and blood pressure instability. Treatment with a 5% sodium bicarbonate solution administered alternately thru an endoperitoneal catheter and via IV showed rapid improvement to a normal condition of health. A final CAT scan confirms the regression of the peritoneal carcinosis and a stabilization of the size of the lymph nodes when compared to the preceding year.
Case four: A 40-year-old patient underwent surgical intervention (left radical mastectomy) for mammarian carcinoma seven months earlier. After three months of chemotherapy, the patient is affected by: “diffused pulmonary and hepatic metastasis; bone metastasis particularly to the fifth and sixth lumbar vertebrae, with invasion and compression of the medullar channel, which is causing extreme pain which makes the patient unresponsive to any treatment.” All pain suppressant drugs – morphine included – are totally ineffective and the patient is totally prostrate even unable to sleep. Sodium bicarbonate salts, lumbar injections are begun. Dr Tullio Simoncini recounts: “As I administer it by slowly injecting 50 cc of sodium bicarbonate solution at 8.4 %, the patient tosses and with a thread of a voice confesses to me that she has slept only two hours in the last week. Exhausted, she whispers to me: “If only I could sleep half an hour tonight.” But the day after, she calls me on the phone and says: “I have slept all night”. After two more lumbar injections of the bicarbonate salts in the next month, the pain disappeared completely. Magnetic Resonance imaging reports performed before and after treatment were defined by hospital head of the radiology department as “shocking”.
Considerações Finais
Autores sérios e sem conflito de interesse, isto é, aqueles que não recebem proventos da Indústria Farmacêutica afirmam que as drogas quimioterápicas geralmente estão desenhadas no velho conceito de “combater o DNA” . Assim sendo nos últimos 60 anos persiste o velho modo de tratar o câncer atacando o DNA e deste modo invariavelmente os tratamentos do câncer continuam a fracassar. (Gajate-2002 , Bhujwalla-2001 in Harguindey-2005).
Outros autores do mesmo grau de seriedade e independentes afirmam que os quimioterápicos são geralmente os responsáveis por exacerbar o fenótipo maligno por induzir a parada da apoptose e desta maneira facilitar a progressão do câncer (Torigoe-2002 , Rockwell-2001).
Os fatos acima são observados freqüentemente no consultório daqueles que praticam medicina interna. Os pacientes chegam sem apetite, com extremo cansaço, muita dor e a indicação dos especialistas em câncer nestes casos são os cuidados paliativos e o diagnóstico deles é brilhante: paciente “resistente a múltiplas drogas”, como se a responsabilidade por esse fato fosse do paciente. É o famoso paciente “MDR”.
Quando o organismo se contamina com metais tóxicos, aditivos alimentares, agrotóxicos, parabeno dos cosméticos, flúor do creme dental ou da água mineral do Supermercado, sofrem infecções virais, etc., a fisiologia celular de um grupo de células é prejudicada. Estes elementos estranhos ao organismo provocam inflamação crônica sub-clínica que lentamente diminui os osmolitos kosmotropos do intracelular e vagarosamente transformam a água B estruturada em água A desestruturada a qual gradativamente diminui o grau de ordem-informação do sistema termodinâmico deste grupo de células.
Ao atingir o ponto máximo suportável de entropia as células entram em um “estado de quase morte”. Neste ponto de baixa concentração de osmolitos citoplasmáticos, predomínio de água A e alta entropia as células se transformam e lutam para se manterem vivas e o único modo de sobreviver é através da proliferação.
Elas imediatamente colocam em ação mecanismos milenares de sobrevivência, justamente aqueles que nos mantiveram vivos no Planeta durante a Evolução. Desta forma ocorre ativação de fatores e vias de sinalização, ativação do NHE1 com alcalinização citoplasmática e ativação da glicólise anaeróbia, etc, os quais promovem a proliferação celular neoplásica, a diminuição da apoptose, a formação de novos vasos e o impedimento da diferenciação celular (Felippe fev. e maio de 2008).
Outros fatores que podem desencadear inflamação crônica sub-clínica e conseqüentemente transformação neoplásica são os campos eletromagnéticos provocados por cabos de alta tensão, torres de celular, transformadores, etc. Menos conhecidos dos médicos porem muito estudados são as zonas geopatôgenicas dos rios subterrâneos e da rede de Hartman. O oncologista Hans Niepper, ex presidente da Sociedade Alemão de Oncologia mostrou que 70% dos pacientes com câncer dormem ou trabalham em zona geopatogênica ( Felippe-2003-2004-2005-2006-2007-2008).
A quimioterapia e a radioterapia são fatores extras de aumento da entropia e diminuição da ordem das células neoplásicas e aquelas que não morrem saem mais fortalecidas, com os seus mecanismos de sobrevivência ainda mais aguçados. Este nicho de células sobreviventes é a razão das incontáveis falhas terapêuticas deste tipo arcaico de estratégia.
Devemos nos lembrar que a regressão do tumor não significa a cura do paciente. A doença não é simplesmente o tumor visível , a doença é do organismo todo, o qual deve ser tratado com todo respeito bioquímico, fisiológico, toxicológico, eletromagnético, psicológico e espiritual.
Temos que retirar do organismo metais tóxicos, aditivos alimentares, agrotóxicos , afastar o paciente de campos eletromagnéticos e de zonas geopatogênicas, ensinar uma alimentação da agricultura orgânica e ecológica com 70% dos alimentos crus para elevar o grau de ordem das células , cuidar do sono, orientar para orar, rezar e praticar meditação ao lado de colocar em bom funcionamento o sistema imunológico, digestivo e endócrino.
Conclusão
Nos aproximamos cada dia mais de um novo tempo em que, conhecendo o funcionamento das células normais na sua intimidade, podemos encarar o organismo de uma forma mais inteligente. E, se conhecemos a fisiologia de uma célula normal conseqüentemente sabemos, ou estamos muito perto de saber o que é uma célula dita cancerosa, dita maligna.
Quando éramos seres unicelulares lá nos tempos remotos da nossa existência conseguimos nos manter vivos graças aos mecanismos de sobrevivência adquiridos durante a nossa Evolução no Planeta.
As células neoplásicas nada mais são do que carne da nossa própria carne que, possuindo mecanismos idênticos aos que garantiram a nossa sobrevivência durante o processo de evolução, estão tão aptas quanto as células normais a sobreviver nas condições mais adversas possíveis.
Quando um grupo de células do nosso corpo começa a sofrer, algumas morrem; entretanto, a maioria coloca em ação os mecanismos de sobrevivência que adquirimos desde os tempos remotos. Não são células cancerosas ou malignas são células doentes lutando bravamente para se manterem vivas e o único modo que restou foi proliferar desesperadamente, desordenadamente.
Vamos cuidar das células neoplásicas fornecendo a elas o que necessitam para voltarem a conviver no ambiente social de um corpo saudável , da forma desejada.
Os elementos mais simples de conforto para as células é lhes proporcionar de início um pH ideal e uma osmolalidade ideal.
“Não vamos desistir desta luta”
“No mundo não há fracassados e sim desistentes” Confúcio