segunda-feira, 11 de maio de 2015

Mastigar pouco e comer rápido são hábitos que prejudicam a digestão

Engolir a comida muito rápido pode também sobrecarregar o estômago.

Partir mais os alimentos e repousar os talheres ajudam a comer melhor.

Mastigar os alimentos parece uma ação inofensiva, mas não é. A mastigação é extremamente importante na digestão, que começa sempre pela boca.
Por isso, hábitos como mastigar pouco, comer muito rápido, falar enquanto come ou até mesmo beber algum líquido durante a refeição podem prejudicar esse processo, como explicou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui no Bem Estar desta segunda-feira (1).
Como mostrou o médico, quanto mais mastigado o alimento, mais enzimas digestivas grudam em sua superfície e a digestão fica mais fácil e rápida; por outro lado, se a mastigação for rápida e o alimento for logo engolido, as enzimas perdem a função e o estômago fica sobrecarregado porque recebe o alimento quase inteiro. A má mastigação causa riscos também para a absorção dos nutrientes já que o organismo elimina o alimento que não foi bem mastigado sem absorver substâncias que podem ser importantes para a saúde.
Arte Mastigação Bem Estar (Foto: Arte/G1)
Além disso, quando a pessoa come rápido e mastiga pouco, ela sente ainda mais vontade de comer porque o cérebro não tem tempo de perceber que já está satisfeito, como explicou a nutricionista Tania Rodrigues.
De acordo com a especialista, partir o alimento em pedaços menores e comer devagar ajuda a aumentar a saciedade - a dica é repousar os talheres entre uma garfada e outra e colocar na boca pedaços que tenham a metade do tamanho da língua, para caber dentro da boca sem problemas.
Caso a pessoa coloque pedaços grandes na boca, ela pode sentir vontade de beber algum líquido para "empurrar" o alimento para baixo. Em relação a esse hábito, o cirurgião Fábio Atui explicou que isso pode levar a pessoa a querer mastigar menos já que a bebida facilita que a comida seja engolida. No caso de bebidas gaseificadas, como refrigerante, água com gás e cerveja, há o risco também de aumentar a capacidade gástrica do organismo.
Segundo a nutricionista Tania Rodrigues, o hábito de beber durante as refeições pode também aumentar o valor calórico da dieta. A dica, para não atrapalhar a digestão, é ingerir no máximo 200 ml de água sem gás durante a refeição.
Isso porque as outras bebidas tem muitas calorias. Por exemplo, uma lata de refrigerante normal tem 135 calorias, mais do que um copo de suco de abacaxi com açúcar, por exemplo, que tem 60 calorias. No entanto, se a opção for a bebida alcoólica, o valor aumenta ainda mais – um chope tem 180 calorias, a capirinha com adoçante tem 140 calorias e a lata de cerveja tem 150 calorias.
iNTESTINO  (Foto: Arte/G1)

Manter uma dieta colorida faz bem à saúde e pode prevenir doenças

Quem não come alimentos brancos, por exemplo, pode ter falta de cálcio.

Médicos explicam o que fazer para melhorar a alimentação dos pequenos.

Comer todos os dias a mesma coisa é um problema e pode interferir inclusive na saúde de adultos e crianças - por exemplo, quem não come alimentos brancos, como leites, queijos e iogurtes, pode ter falta de cálcio e desenvolver osteopenia e osteoporose.
Por isso, é importante montar sempre um prato colorido e com nutrientes diferentes para evitar até mesmo problemas de saúde e doenças em longo prazo.
No caso de crianças, o problema é ainda maior porque geralmente elas têm mais dificuldade para comer e acabam demorando muito para fazer a refeição.
Além disso, as crianças costumam rejeitar variedades de alimentos, como é o caso do João, de 6 anos. A mãe já havia tentado dar de tudo para ele, como frutas, legumes e verduras, mas João foi ficando cada vez mais seletivo e hoje em dia baseia sua dieta em macarrão instantâneo e azeitona (veja no vídeo). Às vezes, ele até come arroz, feijão e carne, mas sempre com dificuldade.
O mesmo acontece na casa da Manuella, de 4 anos. Ao sentar na mesa, a menina faz de tudo, menos comer - cospe a comida, ri, brinca, grita, faz cara feia, se esconde debaixo da mesa, foge para o quarto, discute com os pais e, depois de muita luta, acaba comendo só três colheres.
Mas quando o assunto é besteira, Manuella não resiste: antes da hora do almoço, ela come bombom, batata palha e diversos outros alimentos que tiram a fome dela na hora da refeição. Pela manhã, ela toma também leite e, durante o dia, bastante suco, mas ainda assim, os pais se preocupam com a falta de nutrientes na alimentação da pequena.
De acordo com o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg, normalmente, a criança precisa de 15 a 20 tentativas para se acostumar com um determinado alimento. No entanto, vale lembrar que o hábito da criança é muito relacionado ao hábito dos pais. O pai da Manuella, por exemplo, não come salada há muito tempo e a mãe sempre opta por alimentos práticos e prontos.
De acordo com os médicos, os maus hábitos dos adultos à mesa influenciam muito na formação dos hábitos dos menores e, além disso, podem trazer diversos problemas de saúde, prejudicar a digestão e até favorecer o ganho de peso 
por Nelson personal Fitness Treinamento Customizado
fonte: http://medicinaexecutiva.blogspot.com.br
Bem Estar - Infográfico de cardápio pobre (Foto: Arte/G1)

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