Engolir a comida muito rápido pode também sobrecarregar o estômago.
Partir mais os alimentos e repousar os talheres ajudam a comer melhor.
Mastigar os alimentos parece uma ação inofensiva, mas não é. A
mastigação é extremamente importante na digestão, que começa sempre pela
boca.
Por isso, hábitos como mastigar pouco, comer muito rápido, falar
enquanto come ou até mesmo beber algum líquido durante a refeição podem
prejudicar esse processo, como explicou o cirurgião do aparelho
digestivo Fábio Atui no Bem Estar desta segunda-feira (1).
Como mostrou o médico, quanto mais mastigado o alimento, mais enzimas
digestivas grudam em sua superfície e a digestão fica mais fácil e
rápida; por outro lado, se a mastigação for rápida e o alimento for logo
engolido, as enzimas perdem a função e o estômago fica sobrecarregado
porque recebe o alimento quase inteiro. A má mastigação causa riscos
também para a absorção dos nutrientes já que o organismo elimina o
alimento que não foi bem mastigado sem absorver substâncias que podem
ser importantes para a saúde.
Além disso, quando a pessoa come rápido e mastiga pouco, ela sente ainda
mais vontade de comer porque o cérebro não tem tempo de perceber que já
está satisfeito, como explicou a nutricionista Tania Rodrigues.
De acordo com a especialista, partir o alimento em pedaços menores e
comer devagar ajuda a aumentar a saciedade - a dica é repousar os
talheres entre uma garfada e outra e colocar na boca pedaços que tenham a
metade do tamanho da língua, para caber dentro da boca sem problemas.
Caso a pessoa coloque pedaços grandes na boca, ela pode sentir vontade
de beber algum líquido para "empurrar" o alimento para baixo. Em relação
a esse hábito, o cirurgião Fábio Atui explicou que isso pode levar a
pessoa a querer mastigar menos já que a bebida facilita que a comida
seja engolida. No caso de bebidas gaseificadas, como refrigerante, água
com gás e cerveja, há o risco também de aumentar a capacidade gástrica
do organismo.
Segundo a nutricionista Tania Rodrigues, o hábito de beber durante as refeições pode também aumentar o valor calórico da dieta. A dica, para não atrapalhar a digestão, é ingerir no máximo 200 ml de água sem gás durante a refeição.
Isso porque as outras bebidas tem muitas calorias .
Por exemplo, uma lata de refrigerante normal tem 135 calorias, mais do
que um copo de suco de abacaxi com açúcar, por exemplo, que tem 60
calorias. No entanto, se a opção for a bebida alcoólica, o valor aumenta
ainda mais – um chope tem 180 calorias, a capirinha com adoçante tem
140 calorias e a lata de cerveja tem 150 calorias.
Manter uma dieta colorida faz bem à saúde e pode prevenir doenças
Quem não come alimentos brancos, por exemplo, pode ter falta de cálcio.
Médicos explicam o que fazer para melhorar a alimentação dos pequenos.
Comer todos os dias a mesma coisa é um problema e pode interferir
inclusive na saúde de adultos e crianças - por exemplo, quem não come
alimentos brancos, como leites, queijos e iogurtes, pode ter falta de
cálcio e desenvolver osteopenia e osteoporose.
Por isso, é importante montar sempre um prato colorido e com nutrientes
diferentes para evitar até mesmo problemas de saúde e doenças em longo
prazo.
No caso de crianças, o problema é ainda maior porque geralmente elas têm
mais dificuldade para comer e acabam demorando muito para fazer a
refeição.
Além disso, as crianças costumam rejeitar variedades de alimentos, como é
o caso do João, de 6 anos. A mãe já havia tentado dar de tudo para ele,
como frutas, legumes e verduras, mas João foi ficando cada vez mais
seletivo e hoje em dia baseia sua dieta em macarrão instantâneo e azeitona (veja no vídeo). Às vezes, ele até come arroz, feijão e carne, mas sempre com dificuldade.
O mesmo acontece na casa da Manuella, de 4 anos. Ao sentar na mesa, a
menina faz de tudo, menos comer - cospe a comida, ri, brinca, grita, faz
cara feia, se esconde debaixo da mesa, foge para o quarto, discute com
os pais e, depois de muita luta, acaba comendo só três colheres.
Mas quando o assunto é besteira, Manuella não resiste: antes da hora do
almoço, ela come bombom, batata palha e diversos outros alimentos que
tiram a fome dela na hora da refeição. Pela manhã, ela toma também leite
e, durante o dia, bastante suco, mas ainda assim, os pais se preocupam
com a falta de nutrientes na alimentação da pequena.
De acordo com o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg, normalmente, a
criança precisa de 15 a 20 tentativas para se acostumar com um
determinado alimento. No entanto, vale lembrar que o hábito da criança é
muito relacionado ao hábito dos pais. O pai da Manuella, por exemplo,
não come salada há muito tempo e a mãe sempre opta por alimentos
práticos e prontos.
De acordo com os médicos, os maus hábitos dos adultos à mesa influenciam
muito na formação dos hábitos dos menores e, além disso, podem trazer
diversos problemas de saúde, prejudicar a digestão e até favorecer o
ganho de peso
por Nelson personal Fitness Treinamento Customizado
fonte: http://medicinaexecutiva.blogspot.com.br
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