segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O PERIGO ESCONDIDO NA DIETA DE EMAGRECIMENTO

O perigo escondido na dieta de emagrecimento-



Quantas vezes não adotamos alguns hábitos alimentares porque estão mais fáceis de encontrar e começar a dieta para perder algum peso ou umas gordurinhas.
Dai compramos umas bolachinhas para levar no trabalho, ou para comer em casa, pensando que estamos fazendo a melhor opção.
Veja este artigo que encontramos na revista Abril, que fala sobre os perigos de uma ‘inocente’ bolachinha água e sal.
bolacha salgada
Bolacha água e sal pode engordar mais do que pão

Segundo nutricionistas em parceria com a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Pro Teste, trocar pão por biscoito água e sal, cream cracker ou semelhante, objetivando perder peso é um erro.
Apesar de mais calórico, um pão francês (ou dois de forma) é mais saudável e engorda menos do que cinco biscoitos.
A presença de fibras além de benéfica para o funcionamento do intestino, diminuem absorção de gordura.
No caso dos pães, há mais fibras e menos gordura do que nos biscoitos, embora o número de calorias seja maior.
Outra vantagem dos pães: a sensação de saciedade é maior do que a sentida ao comer os biscoitos.
Uma pesquisa da Pro Teste avaliou 15 marcas de biscoitos.
Segundo a nutricionista da Pro Teste, Manuela Dias, cerca de seis biscoitos (30 gramas) água e sal pode ter 1,2 g de gordura trans e o cream cracker, 1,4 g.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que o consumo dessa gordura não seja maior que 2 g por dia.
Se em apenas seis biscoitos consome-se mais da metade do limite diário, o risco de ultrapassar os 2 gramas é muito alto.
O estudo também revelou que a quantidade de sal ultrapassou em duas marcas na porção de 30 g do recomendado.
Portanto, melhor mesmo será uma fatia ou duas de pão integral, que contém muito mais do que apenas o pão feito com farinha refinada.

Fazer umas torradas de pão integral e usar em substituição a uma bolachinha, ainda parecer ser a melhor saída.

POR QUE NÃO TREINAR EM JEJUM?



As nutricionistas Mariana Braga Neves e Carolina Duarte falam sobre a importância da alimentação antes da prática de atividades físicas.

A prática da atividade física é um desafio para alguns. Para outros é uma forma de prazer e de bem-estar. Há aqueles ainda que escolhem algum esporte com o intuito de melhorar a saúde e emagrecer. Este tipo de exercício, que visa o emagrecimento, merece, porém, cuidados diversos, especialmente para que a massa magra seja preservada.

Não é raro encontrarmos pessoas que treinam em jejum, com o intuito de elevar a queima de gordura. Durante o jejum, de fato, a gordura é disponibilizada para a queima e fornecimento de energia.

Porém, o que muita gente não sabe, é que este processo é limitado. Assim, a partir de um certo momento (o que depende da modalidade, intensidade e tempo da atividade), o organismo começa a queimar massa magra com a finalidade de fornecimento de energia para a atividade.
Somado a isto, durante o jejum, há uma redução da glicose sanguínea o que faz com que o organismo entenda que há uma deficiência de carboidrato e se previna, poupando a retirada de glicose do sangue pelos tecidos. Este processo, repetidamente, pode fazer com que a glicemia fique elevada, aumentando o risco de diabetes.

O jejum também tem outros riscos, como o de aumentar o acúmulo de gordura, já que, recebendo alimento poucas vezes ao dia, o organismo estoca energia para os momentos de fome. Comer com mais frequência mantém o metabolismo funcionando adequadamente, evitando que o organismo acumule nutrientes em forma de gordura, o que contribui para a manutenção da boa forma.

Durante a atividade, o impacto da ausência de alimentos é ainda pior. Falta de disposição, desânimo, visão turva, cansaço são sintomas que podem aparecer e prejudicar a atividade.

Por todos estes motivos, a prática de um esporte em jejum é contra-indicada. A melhor opção é mesmo fazer uma refeição cerca de 30 a 40 minutos antes de iniciar o seu exercício. A composição desta refeição deve ser planejada de acordo com o seu hábito alimentar, com seu peso e com as características da modalidade esportiva praticada. Além disto, dependendo do tempo da atividade e do esporte que você escolher, pode ser preciso algum tipo de bebida ou de alimentos durante o exercício.

Mariana Braga Neves
 e Carolina Duarte são nutricionistas esportivas em Belo Horizonte, MG 

Por Nelson Personal Fitnnes Treinamento Customizado

Profissional de Educação Física 000733 G/TO
Especialista em Treinamento na Empresa                                                       Gallo Personal Systems –Brasil
Personal Trainer Qualificado e certificado pelo professor e perssonal das celebridades José Carlos Gallo
Personal Trainer Qualificado pelo Professor e Drº André Fernandes
Pós Graduando em Nutrição Esportiva
Pós Graduando em Fisiologia do Exercício,Biomecânica,Personal  Laboro/Estacio
Professor Capacitado em Treinamento Funcional pelo Core 360º

Fonte: http://o2porminuto.uol.com.br
http://www.nutricio.com.br/

terça-feira, 17 de novembro de 2015

SUPLEMENTO: BCAA AJUDA NA DEFINIÇÃO MUSCULAR?


Essa é uma pergunta das mais frequentes. Mas, vamos pensar: definição muscular está relacionada com redução de gordura corporal, certo? Isso porque o “tanquinho” do abdômen só vai aparecer se a camada de gordura por cima estiver reduzida. Então, pensando por esse lado, o BCCA é composto por 3 aminoácidos (leucina, isoleucina e valina) que não têm muita relação com redução de gordura corporal.
A redução de gordura corporal está mais relacionada com estratégias da dieta, entre elas, redução do consumo calórico, para promover balanço energético negativo e, assim, fazer emagrecer! No entanto, durante a definição muscular, é muito importante pensar em manutenção de massa muscular. Dessa forma, pelo fato de a leucina estar relacionada com as vias moleculares de síntese e degradação proteica, um raciocínio simples seria acreditar que o BCAA, por ter leucina, ajudaria na manutenção da massa muscular, o que faz sentido.


Mas, isso não é mérito só do BCAA. A literatura científica nos mostra que umadieta com alto teor de proteína, associada à restrição calórica, também é capaz de promover manutenção de massa muscular. Nesse sentido, pensando na prática, se o indivíduo já consegue fazer uma dieta com alto teor de proteína (até 2g/kg de peso), com preferência com alimentos de alto valor biológico e fazendo o consumo durante todo o dia, não sei se o BCAA teria algum efeito adicional – é provável que não.

 dieta com alto teor de proteína, associada à restrição calórica, também é capaz de promover manutenção de massa muscular. Nesse sentido, pensando na prática, se o indivíduo já consegue fazer uma dieta com alto teor de proteína (até 2g/kg de peso), com preferência com alimentos de alto valor biológico e fazendo o consumo durante todo o dia, não sei se o BCAA teria algum efeito adicional – é provável que não.
por Nelson Personal Fitness
Profissional de Educação Física 000733 G/TO
Especialista em Treinamento na Empresa   Gallo Personal Systems –Brasil
Personal Trainer Qualificado e certificado pelo professor e perssonal das celebridades José Carlos Gallo
Personal Trainer Qualificado certificado pelo Professor e Drº André Fernandes
Pós Gradu. em Nutrição Esportiva
Pós Graduando em Fisiologia do Exercício,Biomecânica,Personal  Laboro/EstacioProfessor Capacitado em Treinamento Funcional pelo Core 360º

fonte
/profnutriesportiva.wordpress.com/

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES.O QUE DIZ A CIÊNCIA?



Antigamente antes de concluir a minha faculdade eu ficava com isso na cabeça ,será crianças e adolescentes podia fazer musculação. A mídia e muitas pessoas e até profissionais da saúde ,como até mesmo médicos e entre outros tinha esse cuidado desse mito de crianças e adolescentes não podia fazer musculação porque iria prejudicar no seu crescimento,por isso só indicava natação e esporte coletivos. Mais a ciência diante de vários estudos mudou essa visão sobre esses assuntos. (Nelson Personal Fitness Especialista)

Apesar de estarmos no século XXI, ainda existem pessoas, e entre elas até professores de Educação Física, que teimam na proibição de crianças e adolescentes quando se trata de praticar musculação.
Uma das frases que mais escuto é: “A musculação vai fechar a epífise dos ossos e atrapalhar o crescimento” e quando pergunto quem falou isso as respostas são sempre a mesma “Ouvi falar” ou “Dizem”.
Ora, “Ouvi Falar” e “Dizem” não são estudiosos de Anatomia, e nunca vi nenhum artigo deles.
Em português não existem muitos trabalhos científicos sobre os efeitos da musculação em crianças, mas entre os que eu conheço, cujas fontes cito abaixo, não encontraram nenhuma prova que possa proibir uma criança ou adolescente de praticar musculação.
Pelo contrário, nos resultados da pesquisa de LOPES, Andrei Guilherme (2002) consta: “Por outro lado, pôde ser observada uma alteração significativa nos resultados dos testes antropométricos e motores realizados nas crianças da amostra, onde foi possível constatar um incremento nas capacidades físicas necessárias para o dia a dia”
Aliás, temos um problema, não em relação à criança, mas sim em relação aos pais, que levados pela enxurrada de informações sem bases científicas impedem seus filhos de praticar uma atividade muito benéfica no desenvolvimento das habilidades motoras dos seus filhos.
E mais alguns benefícios que crianças e adolescentes podem ter na prática da musculação foram listados por RISSO et all (1999):
1) aumento da força muscular
2) melhora nos testes motores de aptidão física e performance
3) melhoria no desempenho esportivo
4) diminuição de ocorrência de lesões
5) melhoria no desempenho atlético
6) manutenção da saúde
7) redução do estresse emocional
8) redução no tempo de recuperação de lesões
9) auxiliar na prevenção de doenças músculo-esqueléticas
10) aumento da auto-estima, imagem e consciência corporal
11) melhora nas medidas de composição corporal
12) diminuição da pressão sanguínea de adolescentes hipertensos
13) melhoria nos níveis de lipídios sanguíneos
14) diminuição da gordura corporal

No trabalho de Andrei Guilherme Lopes foi feito um exame radiológico dos cotovelos e joelhos das crianças selecionadas, devidamente autorizado pelos pais, depois as crianças passaram por um período de 4 semanas de adaptação ao treinamento e logo a seguir, 12 semanas de treinamento de força com 80% da carga máxima avaliada pelo teste de repetição máxima proposta na literatura por Roberts & Weider 1995.
Após esse período, as crianças repetiram as avaliações radiológicas e foram comparados os resultados pré e pós-treinamento de força, ficou claro que não houve alterações das epífises dos ossos longos.
O que pode realmente atrapalhar o crescimento seria uma lesão na epífise dos ossos longos, e é mais fácil uma criança se lesionar jogando bola com seus amigos do que numa sala de musculação sob uma supervisão competente.

No entanto, qualquer criança ou adolescente normal corre, salta e arremessa e nem por isso deixa de crescer, o problema está no excesso, na orientação inadequada e até na falta de atividade física, pois é ela que acelera o crescimento longitudinal, a espessura dos ossos, a liberação da testosterona e do hormônio de crescimento.
Esses benefícios são ainda mais evidentes na musculação. Fatos comprovado na literatura por Risso et all 1999, Weineck 1999 e Fleck & Kraemer 1999.


resumo

Um número crescente de crianças e adolescentes estão envolvidos no treinamento de resistência em escolas, centros de fitness e instalações de treinamento esportivo. Além de aumentar a força muscular e poder, participação regular em um programa de treinamento de resistência pediátrica podem ter uma influência favorável sobre a composição corporal, a saúde óssea, e redução de lesões relacionadas ao esporte. O treinamento de resistência direcionados para melhorar os baixos níveis de fitness, força tronco pobre, e os déficits na mecânica do movimento pode oferecer saúde e fitness benefícios observáveis ​​para os jovens atletas. No entanto, programas de treinamento de resistência pediátrica precisam de ser bem projetado e supervisionado por profissionais qualificados que entendem a singularidade física e psicossocial de crianças e adolescentes. A integração sensata de diferentes métodos de treinamento junto com a manipulação periódica de variáveis ​​de projeto programas ao longo do tempo vai manter o estímulo de treinamento eficaz, desafiador e agradável para os participantes.
Pais e profissionais de saúde, geralmente, não enxergam com bons olhos a prática de exercícios de força por crianças e adolescentes. De fato, muitas academias até restringem a matrícula na musculação a uma idade mínima, que varia de 14 a 18 anos. A preocupação principal é que exercícios de força possam afetar o crescimento. O que diz a ciência sobre isso?

Quem faz musculação fica baixinho?

O treinamento de força para crianças é envolto de mitos e preconceitos. É muito comum que profissionais da saúde proíbam atividades de força para crianças e adolescentes, para evitar prejuízos no crescimento. Afinal, quem faz musculação fica baixinho?


Estudos transversais (aqueles que fornecem um “retrato” de determinado tema) indicam que crianças e adolescentes engajadas em atividades de força ou potência, como ginástica ou musculação, tendem a serem mais baixas do que aquelas que praticam outras modalidades, tais como basquete. Isso significa que o treinamento de força prejudica ou o basquete melhora o crescimento? Nem um, nem outro. Estudos longitudinais, que acompanham crianças e adolescentes ao longo dos anos, sugerem que nem a prática de modalidades de força ou potência, nem a prática de basquete alteram o crescimento. Como explicar, então, o fato de que ginastas são notadamente mais baixos do que jogadores de basquetebol. Simples, trata-se de um processo de “seleção natural”. Ninguém em sã consciência imaginaria que a Daiane dos Santos pudesse lograr êxito como pivô da seleção brasileira de basquete juvenil, tampouco que o Oscar Shmidt, em sua adolescência, pudesse alcançar resultados expressivos numa prova de argolas, por exemplo. Assim, o sucesso e o fracasso esportivo acabam por guiar crianças e adolescentes com determinadas características físicas (ex.: alto, baixo) a uma modalidade ou outra. Não há nenhuma evidência, portanto, que a prática de musculação prejudique o crescimento.  

Isso não significa dizer que alguns cuidados especiais não precisem ser tomados. Em primeiro lugar, é importante reconhecer que crianças e adolescentes estão em fase de crescimento, de modo que a carga de treinamento e a execução dos exercícios precisam ser devidamente ajustadas, de modo a não lesionar o disco epifisário, responsável pelo crescimento longitudinal dos ossos. A literatura científica demonstra que lesões de discos epifisários ocasionados por mau planejamento de treinamento afetam o crescimento da peça óssea. Isso não significa, necessariamente, que a criança ficará baixinha, porém poderá haver assimetria de membros, o que é um tanto pior. Em segundo lugar, crianças e, em especial, adolescentes tendem a buscar resultados rápidos quando iniciam um programa de musculação. Ocorre que antes da puberdade, período maturacional em que não há um ambiente hormonal favorável à hipertrofia, o treinamento de força promove ganhos de força, principalmente, através de adaptações chamadas de neurais (coordenação, por exemplo), e menos por ganhos de massa muscular. Na pressa de conseguir os músculos desejados, é cada vez mais comum que adolescentes recorram a substâncias ilícitas, como esteroides anabolizantes, para alcançar seus objetivos. Além de todos os malefícios provocados por essas drogas à saúde geral do indivíduo, há evidências de que algumas delas também provoquem, precocemente, o “fechamento” dos discos epifisários, afetando, dessa maneira, o crescimento.

Podemos dizer, portanto, que atividades de força e potência não prejudicam o crescimento quando realizadas sob orientação de um profissional qualificado, certificado para lidar com crianças e adolescentes. No entanto, lembrem-se sempre que o processo de crescimento é um período vulnerável, no qual estímulos indevidos, como, por exemplo, treinamento excessivo e uso de esteroides anabolizantes, podem trazer consequências negativas irreversíveis ao organismo, como redução de crescimento.

Até a próxima!  
por Nelson Personal Fitness Treinamento customizado 
    Especialista em Treinamento na Empresa                                                                                        Gallo Personal Systems –Brasil
Profissional de Educação Física 000733 G/TO
Personal Trainer Qualificado pelo Professor e Drº André Fernandes
Personal Trainer Qualificado pelo Professor e Drº José Carlos Gallo
Pós Graduando em Nutrição Esportiva
Pós Graduando em Fisiologia do Exercício,Biomecânica,Personal  Laboro/Estacio
Professor Capacitado em Treinamento Funcional pelo Core 360º

fonte

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/
http://daninobile.com.br/
www.cienciainforma.com.br

EXERCICIOS: Sobre o milagre das pílulas do exercício


É com certa frequência que surgem notícias bombásticas a respeito da descoberta de uma nova droga capaz de "imitar" a ação do exercício físico sobre o organismo. As chamadas "pílulas do exercício" (ou "miméticos do exercício") vendem muitos jornais e revistas, entusiasmam profissionais da saúde e, por motivos óbvios, causam alívio aos sujeitos sedentários, como se a solução para todos os problemas advindos do estilo de vida inativo pudesse ser comprada na prateleira de uma farmácia. 

Sob o ponto de vista da fisiologia, no entanto, há diversas falhas conceituais que arrefecem nossa esperança nas "pílulas do exercício". Em primeiro lugar, os experimentos que apontam ações similares entre substâncias farmacológicas e exercício físico são realizados com cultura de células ou roedores (para um exemplo, ver este artigo). Evidentemente, há um salto muito grande de lógica para se concluir que humanos respondem a determinada intervenção da mesma forma que células isoladas ou animais de diferentes espécies. Em segundo lugar, nós, fisiologistas, esperamos que uma droga taxada como mimética do exercício exerça todas as ações deste. O problema é que nenhuma droga é (e provavelmente jamais será) capaz de promover tantos efeitos abrangentes como o exercício, beneficiando, praticamente, todos os sistemas do organismo. Algumas drogas, quando muito, exercem efeitos específicos que se assemelham à ação do exercício, como melhora na sensibilidade à insulina (a exemplo da metformina) ou no perfil lipídico (a exemplo das estatinas), de modo que não podem ser consideradas, no rigor da palavra, "miméticos" do exercício". Outro ponto que merece destaque diz respeito à segurança das "pílulas do exercício". Para serem consideradas verdadeiros miméticos do exercício, novas drogas precisam ser submetidas a testes clínicos rigorosos que apontem efeitos adversos similares àqueles atribuídos ao próprio exercício físico, os quais são bastante infrequentes (num post futuro, trataremos deste tema). Infelizmente, estudos pré-clínicos têm demonstrado que os "miméticos do exercício" podem apresentar riscos graves à saúde das cobaias testadas, o que indica que a implementação clínica dessas drogas está longe de ocorrer. Por fim, não nos esqueçamos dos custos vultosos associados ao desenvolvimento de medicamentos, que podem alcançar a cifra de USD 1,2 bilhão por nova droga que chega ao mercado. Certamente, tais custos são repassados ao consumidor, o que nos faz duvidar que alguma intervenção farmacológica seja, de fato, capaz de também "imitar" os baixos custos do exercício físico. 

Preocupa-me, especialmente, a ilusão propagada pelas "pílulas do exercício" de que a prática de atividade física pode ser meramente substituída por uma ou mais drogas, o que encoraja um estilo de vida mais inativo e, dessa forma, presta um desserviço à saúde pública. Os farmacologistas mais otimistas podem até argumentar que, talvez, um dia, os bisnetos de nossos bisnetos possam desfrutar de uma era na qual fármacos sejam capazes de produzir, por completo, os efeitos do exercício (alguém acredita mesmo que a sensação de prazer e bem-estar proporcionada pelo exercício poderá ser substituída por uma droga?); entretanto, até que esse dia enfim chegue, permanece sendo a prática de atividade física regular a mais efetiva estratégia capaz de prevenir as doenças crônicas que assolam de maneira crescente a população mundial. 

O conceito imbuído nas "pílulas do exercício" é realmente tentador; soa como o "caminho-mais-fácil-a-seguir", o "soma" de Audous Huxley (droga capaz de tratar todos os males da humanidade, no clássico "Admirável Mundo Novo"), o verdadeiro milagre criado como uma luva ao homem moderno que não possui mais tempo para o supérfluo, como a atividade física. Infelizmente, para a ciência, milagres não existem... 

Prof. Bruno Gualano

Para saber mais do assunto, leia:
Gualano B e Tinucci T. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas (2011) Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. 25: 37-43 (Edição Especial). 
Booth FW e Laye MJ. Lack of adequate appreciation of physical exercise’s complexities can pre-empt appropriate design and interpretation in scientific discovery (2009) J Physiol 23: 5527–5540.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Síndrome do pânico



O que é Síndrome do pânico?

A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente.
Quem sofre do Transtorno de Pânico sofre crises de medo agudo de modo recorrente e inesperado. Além disso, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques e com as consequências desses ataques, seja dificultando a rotina do dia a dia, seja por medo de perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque no coração.


Causas

As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, embora a Ciência acredite que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento deste transtorno, como:
  • Genética
  • Estresse
  • Temperamento forte e suscetível ao estresse
  • Mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações.
Alguns estudos indicam que a resposta natural do corpo a situações de perigo esteja diretamente envolvida nas crises de pânico. Apesar disso, ainda não está claro por que esses ataques acontecem em situações nas quais não há qualquer evidência de perigo iminente.

Fatores de risco

As crises de síndrome do pânico geralmente começam entre a fase final da adolescência e o início da idade adulta. Apesar disso, podem ocorrer depois dos 30 anos e durante a infância, embora no último caso ela possa ser diagnosticada só depois que as crianças já estejam mais velhas.
A síndrome do pânico costuma afetar mais mulheres do que homens e pode ser desencadeada por alguns fatores considerados de risco, como:
  • Situações de estresse extremo
  • Morte ou adoecimento de uma pessoa próxima
  • Mudanças radicais ocorridas na vida
  • Histórico de abuso sexual durante a infância
  • Ter passado por alguma experiência traumática, como um acidente.
Algumas pesquisas indicam que se um gêmeo idêntico tem síndrome do pânico, o outro gêmeo também desenvolverá o problema em 40% das vezes. Pode acontecer, no entanto, de a doença se manifestar sem que haja histórico familiar dela.

 sintomas

Sintomas de Síndrome do pânico

Ataques de pânico característicos da síndrome geralmente acontecem de repente e sem aviso prévio, em qualquer período do dia e também em qualquer situação, como enquanto a pessoa está dirigindo, fazendo compras no shopping, em meio a uma reunião de trabalho ou até mesmo dormindo.
O pico das crises de pânico geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É bom ficar atento, pois muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.
As crises de pânico geralmente manifestam os seguintes sintomas:
  • Sensação de perigo iminente
  • Medo de perder o controle
  • Medo da morte ou de uma tragédia iminente
  • Sentimentos de indiferença
  • Sensação de estar fora da realidade
  • Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
  • Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia
  • Sudorese
  • Tremores
  • Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento
  • Hiperventilação
  • Calafrios
  • Ondas de calor
  • Náusea
  • Dores abdominais
  • Dores no peito e desconforto
  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Desmaio
  • Sensação de estar com a garganta fechando
  • Dificuldade para engolir
Uma complicação frequente é o medo do medo, ou seja, o medo ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser tão grande que a pessoa, muitas vezes, evitará ao máximo situações em que essas crises poderão ocorrer novamente.
Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas portadoras da síndrome muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques de pânico e podem, até mesmo, despertar problemas mais graves, como alcoolismo, depressão e abuso de drogas.


Não há como prever as crises de pânico. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, parece não haver nada específico capaz de desencadear o ataque. Mas há indícios de que lembrar-se de ataques de pânico anteriores possam contribuir e levar a uma nova crise.


     diagnóstico e exames

    Buscando ajuda médica

    Se você teve qualquer sintoma típico de crises de pânico, procure ajuda médica o quanto antes. Os ataques são difíceis de controlar por conta própria e podem piorar se não houver acompanhamento médico e tratamento adequados. Você deve procurar ajuda médica.

    Na consulta médica

    Não tenha medo ou vergonha de procurar ajuda médica. O trabalho de um especialista é importante para encontrar meios seguros para tratar a síndrome do pânico.
    É interessante que o paciente vá à consulta acompanhado de uma pessoa confiança, seja parente ou amigo, tanto para dar apoio moral quanto para ajudar a descrever o problema, já que a ansiedade pode dificultar o relato dos sintomas. Além disso, durante a consulta, o paciente deve descrever detalhadamente todos os sintomas, para que o diagnóstico possa ser realizado corretamente.
    Esteja preparado, também, para responder às perguntas que o médico deverá fazer. Veja alguns exemplos:
    • Quais são seus sintomas? Quando você os notou pela primeira vez?
    • Com que frequência os ataques de pânico acontecem? Quanto tempo eles costumam durar, aproximadamente?
    • Há alguma situação ou comportamento específicos que possam desencadear um ataque de pânico?
    • Você evita contatos sociais ou determinadas atividades por medo de ter outro ataque?
    • O quanto os sintomas e o medo de ter outro ataque atrapalham sua vida pessoal, profissional e social?
    • Você passou por algum evento traumático na infância ou em qualquer outro momento da vida?
    • Passou por situação traumática, como assalto ou violência? Há quanto tempo?
    • Como você descreveria sua relação com os membros mais próximos da família?
    • Você ou sua família têm histórico médico de síndrome do pânico ou de algum outro transtorno?
    • Você já foi diagnosticado com outro problema de saúde?
    • Você consome cafeína, bebidas alcóolicas e drogas recreativas? Com que frequência?
    • Você pratica exercícios físicos? Com que frequência?

    Diagnóstico de Síndrome do pânico

    Para realizar o diagnóstico, o médico poderá pedir vários exames e testes. Para começar, o especialista realizará um exame físico no paciente. Em seguida, pedirá exames de sangue, a fim de checar o funcionamento da tireoide, e um eletrocardiograma, para verificar como está o coração. Além da avaliação física, uma avaliação psiquiátrica também é necessária para que o diagnóstico seja finalizado. Esta deverá ser feita por um psiquiatra. Durante a conversa, o profissional falará a respeito dos sintomas, situações que podem ter desencadeado momentos de estresse intenso, medos e preocupações, problemas de relacionamento e outras questões que possam estar prejudicando o paciente.
    O diagnóstico será positivo para a síndrome do pânico se:
    • A pessoa sofrer de ataques de pânico inesperados e frequentes
    • Pelo menos um dos ataques tenha sido acompanhado de medo e angústia pela recorrência de um novo ataque e pelas consequências dessa nova crise, como perda de controle, ataque cardíaco ou mudanças súbitas de comportamento
    • A pessoa evitar situações que possam desencadear em uma nova crise
    • As crises de pânico não forem causados por abuso de substâncias.

     

    Tratamento de Síndrome do pânico

    O principal objetivo do tratamento da síndrome do pânico é reduzir o número de crises, assim como sua intensidade e recuperação mais rápida. As duas principais formas de tratamento para esse transtorno é por meio de psicoterapia e medicamentos. Ambos têm se mostrado bastante eficientes. Dependendo da gravidade, preferência e do histórico do paciente, o médico poderá optar por um deles ou até mesmo por ambos, já que a combinação dos dois tipos de tratamento têm se mostrado ainda mais eficaz do que um ou outro operando isoladamente.
    A psicoterapia é geralmente a primeira opção para o tratamento de síndrome do pânico. Existem diversas formas de psicoterapia, sendo a mais estudada e que comprovadamente tem efeitos benéficos nesse transtorno a chamada de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Ela poderá ajudar o paciente a entender os ataques de pânico, a como lidar com eles no momento em que acontecerem e como ter uma vida cotidiana normal sem medo de ter um novo ataque.
    Já o tratamento à base de medicamentos inclui antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como por exemplo a Paroxetina ou citalopran. Benzodiazepinas também podem ser prescritos pelos médicos.
    Os sintomas devem reduzir progressivamente em algumas semanas. Se não melhorarem, converse com seu médico. Não suspenda a medicação sem antes consultar seu médico
    • Diagnóstico da síndrome do pânico é difícil

    Medicamentos para Síndrome do pânico

    Os medicamentos mais usados para o tratamento dos sintomas de síndrome do pânico são:
    Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

     convivendo (prognóstico)


    O tratamento ajuda o paciente a se recuperar da síndrome do pânico, mas algumas medidas auxiliares podem tornar o resultado ainda melhor que o esperado. Veja alguns exemplos:

    • Siga à risca o tratamento e as orientações médicas
    • Faça parte de um grupo de apoio e compartilhe suas experiências sobre a síndrome do pânico
    • Evite o consumo exacerbado de cafeína e bebidas alcoólicas
    • Corte as drogas recreativas
    • Pratique exercícios de relaxamento, como alongamentos, yoga, respiração profunda e relaxamento muscular
    • Pratique exercícios físicos regularmente, principalmente atividades aeróbicas
    • Vá dormir cedo e descanse. Horas regulares de sono podem ajudar a controlar o medo e ansiedade.

    Complicações possíveis

    Síndrome do pânico não tratada pode levar a complicações que podem comprometer seriamente a qualidade de vida social, profissional e de relacionamento. Entre as complicações que podem ser provocadas estão:
    • Desenvolvimento de algumas fobias específicas, como agorafobia
    • Pessoas com síndrome do pânico têm mais probabilidade de ficar desempregadas, ser menos produtivas no trabalho e de ter relações pessoais difíceis, inclusive problemas matrimoniais
    • Depressão
    • Suicídio
    • Alcoolismo e abuso de drogas
    • Problemas financeiros.
    A dependência de medicamentos contra ansiedade é uma possível complicação do tratamento. A dependência envolve a necessidade de um medicamento para poder agir normalmente e para evitar sintomas de abstinência. Não é o mesmo que vício.

    Expectativas

    Os ataques de pânico podem durar muitos anos e ser de difícil tratamento. Algumas pessoas com essa síndrome podem não se curar totalmente com o tratamento. Entretanto, a maioria das pessoas obtém grande melhora com uma combinação de medicamentos e psicoterapia.

     prevenção


    Não há formas de prevenir a síndrome do pânico, pois as causas exatas são desconhecidas.


    por Nelson Personal Fitness Treinamento Customizado
    Profissional de Educação Física  
    Especialista 

     fontes e referências



    http://www.minhavida.com.br/
    • Revisado por: Cyro Masci, psiquiatra e Diretor da Clínica Masci, em São Paulo (CRM/SP 39126)
    • Associação Brasileira de Psiquiatria - entidade sem fins lucrativos, representativa dos psiquiatras no país. Defende um sistema que dê à população um atendimento de qualidade e informações necessárias à compreensão dos transtornos mentais para seus portadores e familiares.