A
quantidade de luz influencia na produção do hormônio do sono, a melatonina. Por
isso, é fundamental estar em um ambiente escuro e tranqüilo para dormir bem.
Isso tudo também interfere no relógio biológico, que é a disposição natural
para dormir e acordar – algo que pode mudar bastante durante a vida.
A
diferença entre o relógio biológico e um relógio de pulso é exatamente a grande
capacidade de tolerância que o organismo humano apresenta. Enquanto um bom
relógio de pulso é aquele que nunca se atrasa ou adianta, um relógio biológico
saudável tem grande capacidade de se ajustar aos desafios temporais. Mas, se a
pessoa abusa, o corpo sofre.
Fatores
genéticos determinam as características e diferenças de cada relógio. Quem é
mais noturno provavelmente começa a liberar melatonina mais tarde, então o sono
vem mais tarde também.
Não
existe um consenso sobre o que um trabalhador noturno deve comer à noite, se
deve ingerir algo como se fosse dia ou se é melhor manter refeições mais leves.
O metabolismo diminui à noite, por isso o melhor é evitar alimentos pesados.
Muitas
vezes, as pessoas deitam muito tarde e levantam cedo porque precisam, não
porque gostam. Os cientistas já inventaram até uma pílula e um aparelho
eletrônico para descobrir o verdadeiro relógio biológico de cada um.
O Instituto do Sono em São Paulo fez uma
avaliação do casal Carlos Frederico e Kaori Pereira. Ela é programadora de
computadores e trabalha durante o dia. Ele é engenheiro e faz o horário
noturno. Os dois têm três filhas para cuidar e tentam se adequar com diferentes
relógios biológicos.
A curva
de temperatura de Kaori tem grandes variações e se parece com a da maioria de
nós: mais alta durante o dia e mais baixa à noite. As grandes variações são
importantes para o organismo, porque determinados hormônios, como o do
crescimento, só são liberados pelo corpo à noite, com a temperatura mais baixa.
Kaori
respeita o relógio biológico dela, mas gostaria de dormir mais (acorda às 6h e
entra às 8h30 no emprego). A análise do nível de atividade da programadora
durante o dia aponta que ela se mexe mais em casa (enquanto cuida das 3 filhas)
do que no trabalho, onde fica sentada até as 17h30. Às 22h, vai para cama e, às
vezes, acorda durante a noite.
Já a
temperatura de Carlos é mais alta que a da mulher e não baixa muito nem quando
ele está dormindo. Com isso, as variações não são tão grandes, o que indica que
o corpo dele se adaptou a horários diferentes. Mas essa curva de temperatura
pouco acentuada pode prejudicar a liberação hormonal.
A
vantagem do engenheiro é que ele consegue dormir bem durante o dia (das 7h às
12h). Se um indivíduo trabalha à noite e não dorme antes disso, a curva de
temperatura fica menor e os efeitos são grandes no organismo. A imunidade pode
baixar e causar dor de cabeça, gripe, sinusite e gastrite, além de prejuízos à
memória e à concentração.
O bom é
que Carlos tira mais um cochilo à noite (por volta das 20h30) antes de ir
trabalhar, o que ajuda a recuperar o corpo.
Segundo o
professor de medicina e biologia do sono Marco Túlio de Mello, a maior
dificuldade dos funcionários noturnos ou por turno é não encontrar a família
com frequência. Ele também disse que ficar mais de 19 horas acordado direto é
como dirigir um carro estando bêbado, pois os reflexos são reduzidos.
Hormônios
O cortisol é o hormônio que nos deixa em alerta. Há um pico pela manhã, entre 7 e 8 horas, e à noite ele atinge o ponto mais baixo. Já o hormônio de crescimento aumenta dependendo da hora do jantar e do sono. Atinge o ápice durante o sono e cai quando a pessoa acorda. O hormônio da saciedade leptina, por sua vez, tende a subir à noite e baixar ao longo do dia.
O cortisol é o hormônio que nos deixa em alerta. Há um pico pela manhã, entre 7 e 8 horas, e à noite ele atinge o ponto mais baixo. Já o hormônio de crescimento aumenta dependendo da hora do jantar e do sono. Atinge o ápice durante o sono e cai quando a pessoa acorda. O hormônio da saciedade leptina, por sua vez, tende a subir à noite e baixar ao longo do dia.
Se houver
problemas de ajuste de horário biológico, o ideal é fazer uma avaliação clínica
com uma equipe multidisciplinar especializada, compostas por médicos, psicólogo
e nutricionista.
Manter
o relógio biológico sincronizado é fundamental para preservar a saúde e a
qualidade de vida.
O relógio
biológico é um mecanismo regido pela sequência das horas do dia, que
está presente em todos os seres vivos, regulando todas as atividades do
organismo. A região que controla os ritmos biológicos, que são de 24 horas, é o
hipotálamo anterior, e são esses ritmos biológicos, chamados de ciclos
circadianos, que regulam os horários de dormir, acordar, comer, dentre outras
atividades como esvaziar a bexiga, o intestino, e também a produzir hormônios
como o cortisol, a melatonina e o hormônio do crescimento.
Os genes
envolvidos nesse processo já foram descritos, e ele explicam porque algumas
pessoas preferem acordar e dormir cedo, funcionando melhor nas primeiras horas
do dia, enquanto outras funcionam melhor à noite, e como consequência acabam se
deitando e levantando mais tarde.
Cientistas afirmam
que a luz é o principal ativador do relógio biológico e, dessa forma, o nosso
corpo está preparado para a vigília durante o dia e o repouso à noite. Pessoas
que ficam acordadas e expostas à luz durante a noite forçam seu organismo a
alterarem o seu ciclo natural, regido pelos ciclos circadianos, e na maioria
das vezes não conseguem modificar esses hábitos. Essas mudanças que afetam os
ciclos biológicos provocam uma dessincronização entre o relógio interno e os
indicadores temporais externos, sendo necessário um tempo para a pessoa
conseguir se readaptar às condições ambientais.
Para gozar de uma
boa saúde é fundamental que o nosso relógio biológico permaneça sincronizado. A
hora do descanso, especialmente do sono e do repouso semanal, é importantíssima
para manter as funções biológicas no ritmo certo. Uma rotina irregular pode, em
longo prazo, desregular as funções biológicas e colocar o corpo sob situação de
estresse, com efeitos muito desagradáveis.
Pesquisas médicas
comprovaram que além do ritmo circadiano, que obedece às 24 horas do dia, o
nosso corpo também obedece a um ciclo semanal, também chamado de ciclo
septadiano. Dessa forma, pessoas que trabalham sete dias por semana sem nenhum
tipo de descanso pagam um alto preço.
Especialistas
acreditam que esse ritmo biológico muda conforme a espécie, para que cada uma
delas explore um horário diferente do dia. Um estudo recente feito na
Universidade de Osaka, no Japão, comprovou que espécies animais com exatas 24
horas tendem a ter menos sucesso evolutivo, pois ao saírem todas juntas para
caçar, formam os “horários de rush”, no qual a comida fica mais escassa.
Por : Nelson Personal Fitness treinamento
Customizado (INDIVIDUALIZADO)
Profissional
de Educação Física CREF 000733 G/TO
Especialista
certificado na Empresa Gallo Personal
Systems Brasil
Pós
Graduado em Fisiologia do Exercício ,Biomecânica e Personal
Pós
grad.em Nutrição Esportiva
Professor
capacitado em Treinamento Funcional Core 360º
FONTE:
MORAES, Paula Louredo.
"Relógio Biológico"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/biologia/relogio-biologico.htm>. Acesso
em 30 de maio de 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário