quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

NOBEL DE MEDICINA DE 2019 vai para pesquisas sobre como células percebem oxigênio

Nobel de Medicina de 2019 vai para pesquisas sobre como células percebem oxigênio

Os ganhadores do Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2019 foram William G. Kaelin, da escola de medicina da Universidade Harvard, Peter J. Ratcliffe, da Universidade de Oxford, Gregg L. Semenza, da Universidade Johns Hopkins, por suas pesquisas sobre o comportamento de células de acordo com a disponibilidade de oxigênio.

Os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2019 foram anunciados nesta segunda-feira (7). São eles: William Kaelin e Gregg Semenza, dos EUA, e Sir Peter Ratcliffe, do Reino Unido. O prêmio foi dado pelas suas descobertas  sobre como as células do nosso corpo percebem e se adaptam aos níveis de oxigênio disponível no ambiente.
Os três pesquisadores desenvolveram seus trabalhos individualmente desde os anos 1990. Juntas, suas pesquisas descrevem um importante mecanismo fisiológico – a resposta hipóxica das células – essencial para que indivíduos consigam sobreviver em lugares mais altos, onde há menor concentração de oxigênio.

Além de desvendar como esse mecanismo funciona, os organizadores do Nobel ressaltaram a importância das descobertas para futuras aplicações médicas. De acordo com o comunicado oficial, “suas descobertas também abriram o caminho para novas estratégias promissoras para combater a anemia, o câncer e muitas outras doenças.”
O que os pesquisadores descobriram

Para entender o funcionamento do mecanismo de resposta hipóxica, é preciso relembrar como é o transporte de oxigênio no corpo humano.
Ao entrar pelo sistema respiratório, o oxigênio vai para as hemoglobinas, responsáveis por levá-lo pela corrente sanguínea para o restante dos nossos tecidos. O oxigênio é um dos principais combustíveis da respiração celular, processo que acontece no interior das células fornece energia para as funções vitais do corpo.
Dentro das células, quem se encarrega disso é a mitocôndria. Lembrou das aulas do colégio? Pois é. Com a exceção de algumas bactérias e fungos, o oxigênio é indispensável para o metabolismo das células (as transformações químicas que liberam energia).
Quando se está em um ambiente com escassez de oxigênio (regiões montanhosas, por exemplo), o corpo logo começa a produzir mais hemoglobina – quanto mais células vermelhas trabalhando, maior será o aproveitamento do oxigênio disponível. Quando isso acontece, o corpo também regula a atividade metabólica das células para se adaptar ao novo cenário.
 A ciência já sabia disso desde o século 20, mas os detalhes do funcionamento desse sistema a nível molecular ainda era um mistério. E é aí que entram o trabalho dos cientistas.

Gregg Semenza, professor da Universidade John Hopkins, identificou um complexo de proteínas e deu o nome de HIF – em inglês, é a sigla para “fator induzível por hipóxia” (“hipóxia” significa “baixa concentração de oxigênio”). O HIF é rapidamente destruído pelo corpo em uma situação normal. Quando o nível de oxigênio está baixo, porém, sua concentração aumenta.
Unindo os trabalhos de Peter Ratcliffe, que trabalha na Universidade de Oxford e no Instituto Francis Crick, e de William Kaelin, que dá aulas na Universidade de Harvard, os cientistas descobriram que o HIF faz com esse gene aumente a produção de um hormônio chamado eritropoietina (EPO), que por sua vez, faz aumentar a quantidade de células vermelhas que transportam oxigênio.
Qual a importância dessa descoberta
Entender esse mecanismo pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos no futuro para problemas como anemia, câncer e outras doenças.
Na China, por exemplo, um medicamento contra anemia já está à venda. O Roxadustat se aproveita do HIF para enganar o corpo, fazendo-o pensar que está em altas altitude, estimulando a produção de hemoglobinas. No momento, o remédio passa por regulação para entrar no mercado europeu.
O Nobel não é a primeira grande conquista do trio de cientistas. Em 2016, eles venceram o Prêmio Albert Lasker de Pesquisa Médica Básica – uma importante premiação que, frequentemente, canta a bola de quem serão os próximos vencedores do Nobel.
A cerimônia oficial com os vencedores desta e outras categorias do Nobel acontece no dia 10 de dezembro, e os três cientistas dividirão igualmente a quantia de 9 milhões de coroas suecas (R$3,7 milhões, aproximadamente).
 O Nobel de medicina é entregue desde 1901 e, de então,não foi destinado a nehum pesquisador em nove ocasiões entre os anos de 1915 e 1942.Durante a Segunda Guerra mundiais,menos láureas foram distribuidas .No ano passado o prêmio Nobel de mediciona ficou Os imunologistas James P  Allison, dos Estados Unidos, e Tasuku Honjo, do Japão, ganharam o Prêmio Nobel de Medicina 2018 pelos trabalhos que desenvolveram para o tratamento de câncer. Eles decobriram que o sistema imunológico do corpo pode ser aproveitado para atacar as células cancerígenas.
 De acordo com o estudo, o sistema imunológico do ser humano procura e destrói células mutadas, mas as células cancerígenas encontram maneiras de se esconder dos ataques, permitindo que elas prosperem e cresçam.
 Por Professor Especialista Nelson Fonseca (Nelson Personal)
Profissional de Educação Física CREF 000733 G/TO
Especialista em Fisiologia do Exercício Biomecânica e Personal
Especialista de Nutrição Esportiva
Credenciado na Metodologia da Empresa Gallo Personal
Especialista em Treinamento para Grupos Especiais
Certificado na metodologia em Treinamento Funcional Core 360º

 Fonte
 https://super.abril.com.br/ciencia/nobel-de-medicina-2019-entenda-a-descoberta-que-levou-ao-premio/
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/10/terapia-contra-o-cancer-ganha-o-premio-nobel-de-medicina-2018.html

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