Responsável pela defesa do organismo, sistema
imunológico é diretamente influenciado por nutrientes consumidos e atividades
praticadas no dia a dia
Água é
essencial para imunidade(Foto:Agência AFP)
O
sistema imunológico é constituído por uma rede de células com o objetivo de
defender o nosso corpo contra a ação de microrganismos (fungos,
bactérias, agentes químicos, etc). A realização de exercícios de intensidade
moderada tem ação benéfica sobre o sistema imunológico, diminuindo o
risco de infecções, enquanto que o estresse e a produção de radicais livres
gerados pelo treinamento de alta intensidade podem alterar e prejudicar
nosso sistema imunológico, aumentando o risco de doenças
infecciosas.
Como saber se está com a imunidade baixa?
Como saber se está com a imunidade baixa?
Sinais e
sintomas de imunidade baixa
1. Infecções recorrentes, como
amigdalite ou herpes;
2. Doenças simples, mas que demoram
a passar ou que agravam facilmente, como gripe;
3. Febre frequente e calafrios;
4. Olhos frequentemente secos;
5. Cansaço excessivo;
6. Náuseas e vômitos;
7. Diarreia por mais de 2 semanas;
Dentre os
inúmerosbenefícios dos exercícios para
a saúde, está o aumento da imunidade
do organismo contra bactérias e vírus, que causam doenças como a COVID-19
(relacionada ao novo coronavírus ) e outras infecções.
De acordo
com a médica Mariela Silveira, diretora da Clínica Kurotel, a prática de
atividades físicas é essencial para manter a qualidade de vida. Isso porque ela
promove adaptações nos sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino,
digestivo e músculo-esquelético.
“Quando
incorporadas como hábitos”, essas adaptações melhoram as capacidades funcionais
do organismo, fazendo com que o corpo tenha maior reserva energética, tolere
mais desgaste físico diário e diminua o nível de Stress .
E tudo
isso é um efeito de vários sistemas trabalhando junto, que melhoram a resposta
autoimune. É por essa razão que a imunidade aumenta ao fazer exercício físico.
Mas segundo Leonardo Sokolnik de Oliveira, professor de Biomedicina da
Universidade Santo Amaro (Unisa), ela precisa ser moderada e constante.
Além
disso, manter um peso saudável é importante. Isso significa ter o IMC (Índice
de Massa Corporal) e o percentual de gordura corporal controlado, para ter
menor resistência insulínica e, consequentemente, mais imunidade.
Entretanto,
"quem não tem este hábito, não deve iniciar com uma intensidade elevada,
pois o efeito pode ser o contrário e diminuir a imunidade", alerta
Leonardo. Por isso, é importante o acompanhamento de um profissional de
educação física aliado à uma alimentação saudável.
Sem
contar que esses hábitos estimulam o corpo a responder mais rápido quando em
contato com vírus e bactérias. Também ajudam a evitar doenças cardiovasculares,
câncer, doenças crônicas e até estresse, ansiedade e depressão. Por isso, devem
ser incluídos na rotina sempre que possível.
A alimentação é fundamental para o bom funcionamento do sistema imune e a prática de exercícios. Indivíduos mal nutridos apresentam redução na imunidade, sobretudo de IgA, prejudicando a capacidade dos atletas ou praticantes de atividades físicas de se protegerem contra agentes patogênicos, ficando mais suscetíveis às infecções.
Durante o exercício intenso, há também maior produção de espécies reativas de oxigênio (ERO)/ radicais livres. A boa ingestão de vitaminas e minerais antioxidantes ajudam a minimizar os efeitos desses radicais.
A prática regular de exercício físico pode ser benéfica para a saúde,
A alimentação é fundamental para o bom funcionamento do sistema imune e a prática de exercícios. Indivíduos mal nutridos apresentam redução na imunidade, sobretudo de IgA, prejudicando a capacidade dos atletas ou praticantes de atividades físicas de se protegerem contra agentes patogênicos, ficando mais suscetíveis às infecções.
Durante o exercício intenso, há também maior produção de espécies reativas de oxigênio (ERO)/ radicais livres. A boa ingestão de vitaminas e minerais antioxidantes ajudam a minimizar os efeitos desses radicais.
A prática regular de exercício físico pode ser benéfica para a saúde,
porém, parâmetros
como volume e intensidade devem ser observados
em sua
prescrição para que dele se obtenha melhores resultados.
De uma
maneira geral, o exercício de intensidade moderada promove proteção contra infecções
causadas por microrganismos
intracelulares,
pois
direciona a resposta imune para a predominância de células Th1.
Em
contrapartida, atividades de alta intensidade geram aumento das
concentrações
de citocinas anti-inflamatórias, visando diminui. O
dos danos
no tecido muscular resultantes da inflamação, embora
isto
possa resultar no aumento da susceptibilidade a infecções.
Alguns nutrientes importantes para a proteção do sistema imunológico são:
GLUTAMINA: atua na diminuição do catabolismo muscular proteico (degradação), no equilíbrio no metabolismo de aminoácidos, melhora de doenças intestinais (ex: síndrome do cólon irritável) por ser o “combustível energético” das células intestinais, e desintoxicação da amônia. Durante situações de estresse, como infecções, traumas, câncer e prática esportiva extenuante, ocorrem mudanças nas concentrações de glutamina. Os rins, fígado, sistema imunológico e intestino necessitam de maior concentração de glutamina, precisando de fornecimento extra através da dieta. A dose recomendada para suplementação são 10 gramas diárias.
ANTIOXIDANTES:
- Vitamina C: presente na acerola, goiaba, caju, kiwi, morango, laranja, limão, mamão, fruta do conde, brócolis, pimentão, pimenta vermelha couve, couve-flor, espinafre, ervilha, repolho roxo, alface, tomate, mandioca, batata
- Zinco: excelentes fontes: mariscos, ostras, carnes vermelhas, fígado, miúdos e ovos. Boas Fontes: nozes, leite e leguminosas.
- Vitamina E: presente nos vegetais verde-escuros, nas sementes oleaginosas (nozes, castanha do Pará), nos óleos vegetais e no germe de trigo, gema de ovo e fígado.
- Selênio: presente na castanha do Pará, castanha do Brasil, carne de boi, frango e peixe, frutos do mar, farelo de trigo, nozes, semente de girassol. A quantidade de selênio varia de acordo com o solo.
ÔMEGA 3: desempenha papel importante na prevenção
e tratamento de doenças cardiovasculares e aterosclerótica
(ex: redução de LDL colesterol e triglicerídeos e aumento do HDL colesterol), doenças
inflamatórias (ex: obesidade), auxilia no crescimento e desenvolvimento
fetal e neural, além de diminuir a vasoconstricção e agregação plaquetária,
possui ação anti-inflamatória e antitrombótica, ajuda a prevenir a
depressão, a psoríase e atua no sistema imune. Fontes: arenque, salmão,
sardinha, cavalinha, atum, chia, farinha de linhaça, castanha do Brasil.
Frutas antioxidantes como laranja, limão e
kiwi têm
ação anti-inflamatória (Foto: Getty Images)
ação anti-inflamatória (Foto: Getty Images)
ÁGUA: A preocupação com a hidratação
antes, durante e após a atividade física é fundamental para a preservação do
nosso sistema imunológico. A defesa do organismo contra os microrganismos que
entram através do trato gastrintestinal e respiratório é realizada por
anticorpos, principalmente pelas Imunoglobulinas tipo A (IgA), que estão
presentes principalmente na saliva. A ingestão de líquidos ao longo do
exercício deixa a boca constantemente molhada, enviando sinais ao sistema
nervoso para que a produção de saliva não pare, prevenindo a desidratação,
preservando o fluxo salivar e, consequentemente, a concentração de IgA.
Recomendação: ingestão de dois a três litros de água por dia, e na prática
esportiva em atividades aeróbicas de longa duração de 400 a 800 ml de água por
hora de exercício.
CARBOIDRATOS: a presença de glicose como fonte de energia atenua o aumento de hormônios estressores, como cortisol e GH, ajudando a diminuir a ação de outras citocinas pró-inflamatórias. A suplementação com carboidratos durante o exercício é comum entre os atletas e tem se mostrado uma ação nutricional importante, inclusive do ponto de vista imunológico. Quanto maior a depleção de glicogênio nos músculos, maior o desgaste do corpo, e dificuldade para se recuperar. Em atividades de alta intensidade e acima de uma hora de duração, é necessária a suplementação de carboidratos, em torno de 60g (bananadas, gel ou jujuba de carboidratos, água de coco, bebidas esportivas) por hora de exercício.
PROTEÍNAS: a ingestão de proteínas é muito importante para a recuperação muscular, reparação dos tecidos e renovação celular. Após o treinamento, pode ser utilizada 0,25g de proteína/kg de peso para rápida recuperação muscular. O corpo absorve em torno de 20 a 25g de proteína a cada 2 horas para síntese protéica. Não havendo indicação de suplementação protéica acima de 25 gramas.
PROBIÓTICOS: são suplementos alimentares que possuem bactérias que promovem efeito benéfico ao hospedeiro. Microorganismo vivos com ação benéfica à saúde, tendo ação importante no equilíbrio bacteriano intestinal. Podem estar presente em iogurtes, leite fermentado ou em pó ou cápsulas. Protegem e trazem equilíbrio ao intestino, nossa barreira imunológica. Exemplos: Bactérias láticas e bifidobactérias.
CARBOIDRATOS: a presença de glicose como fonte de energia atenua o aumento de hormônios estressores, como cortisol e GH, ajudando a diminuir a ação de outras citocinas pró-inflamatórias. A suplementação com carboidratos durante o exercício é comum entre os atletas e tem se mostrado uma ação nutricional importante, inclusive do ponto de vista imunológico. Quanto maior a depleção de glicogênio nos músculos, maior o desgaste do corpo, e dificuldade para se recuperar. Em atividades de alta intensidade e acima de uma hora de duração, é necessária a suplementação de carboidratos, em torno de 60g (bananadas, gel ou jujuba de carboidratos, água de coco, bebidas esportivas) por hora de exercício.
PROTEÍNAS: a ingestão de proteínas é muito importante para a recuperação muscular, reparação dos tecidos e renovação celular. Após o treinamento, pode ser utilizada 0,25g de proteína/kg de peso para rápida recuperação muscular. O corpo absorve em torno de 20 a 25g de proteína a cada 2 horas para síntese protéica. Não havendo indicação de suplementação protéica acima de 25 gramas.
PROBIÓTICOS: são suplementos alimentares que possuem bactérias que promovem efeito benéfico ao hospedeiro. Microorganismo vivos com ação benéfica à saúde, tendo ação importante no equilíbrio bacteriano intestinal. Podem estar presente em iogurtes, leite fermentado ou em pó ou cápsulas. Protegem e trazem equilíbrio ao intestino, nossa barreira imunológica. Exemplos: Bactérias láticas e bifidobactérias.
Por Professor
Especialista Nelson Fonseca CREF 000733 G/TO
(Professor,Personal,Acessor Fitness e Palestrante)
Pós Graduado em Fisiologia do Exercício, Biomecânica e Personal
Pós Graduado em Nutrição Esportiva
Especialista em treinamento com Grupos Especiais (hipertensos,cardiopatas,diabéticos,gestantes ,crianças e idosos)
Certificação da Metodologia da Gallo Personal Systems Brasil
Certificado na metodologia em Treinamento core 360º
(Professor,Personal,Acessor Fitness e Palestrante)
Pós Graduado em Fisiologia do Exercício, Biomecânica e Personal
Pós Graduado em Nutrição Esportiva
Especialista em treinamento com Grupos Especiais (hipertensos,cardiopatas,diabéticos,gestantes ,crianças e idosos)
Certificação da Metodologia da Gallo Personal Systems Brasil
Certificado na metodologia em Treinamento core 360º
FONTE
Rev Bras Med
Esporte – Vol. 18, No 3 – Mai/Jun, 2012