Estudo inédito mostra que mesmo pacientes com sintomas leves da doença e os assintomáticos apresentaram sequelas nas funções cognitivas
O estudo mostra que 80% dos pacientes recuperados da COVID-19 tiveram problemas como perda de memória, sonolência, dificuldade de concentração entre outros
O Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) analisou a relação entre a infecção pelo novo coronavírus, responsável pela COVID-19, e problemas nas funções cognitivas que a doença deixa nos pacientes recuperados.
Alguns pacientes tiveram ainda habilidades prejudicadas, problemas na execução de várias tarefas, mudanças comportamentais, emocionais e confusão mental.
Segundo médicos que participaram do estudo, as consequências da doença no cérebro podem ser tratadas se o diagnóstico for precoce.
Como foi feita a pesquisa
Estudo pode ser referência para OMS
Entenda por que exercícios aeróbicos aumentam proteção contra Covid-19
Treinos fortalecem sistemas respiratório e imunológico, o que contribui para diminuir a gravidade de infecções provocadas pelo coronavírus
Uma revisão de estudo científicos feita pela Universidade Istanbul Gelisim, na Turquia, trouxe uma boa notícia para quem está em dia com os exercícios físicos. Aumentar a capacidade aeróbia pode produzir melhorias seguras de curto prazo na função dos sistemas imunológico e respiratório, que estão entre os mais afetados pela infecção provocada pelo coronavírus. O estudo foi publicado na revista científica Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews.
Para realizar o levantamento, os pesquisadores utilizaram dados dos bancos de base do Web of Science, Scopus, EBSCO e Medline. A revisão descobriu que as melhorias de curto prazo no sistema imunológico e respiratório de pessoas ativas ocorrem graças a três mecanismos.
O primeiro seria o aumento no nível e na função de células imunológicas e das imunoglobulinas, regulando os níveis de CRP (proteína c-reativa) e diminuindo a ansiedade e a depressão. A CRP é uma proteína produzida principalmente por células hepáticas em infecções bacterianas e exerce ação variada contra as bactérias.
As atividades físicas aeróbicas também agem como um antibiótico, antioxidante e antimicótico, restaurando a elasticidade e a força do tecido pulmonar normal. Por fim, os treinos regulares conseguem diminuir os fatores de risco do coronavírus, o que ajuda a reduzir tanto a incidência quanto a progressão da doença.
Cuidado com exageros
No entanto, em excesso, os exercícios físicos podem fazer mal. Fabio Ceschini, fundador da plataforma Viajando pela Fisiologia, explica que os melhores exercícios para preservar a imunidade são os de intensidade leve e moderada.
De acordo com ele, exagerar em atividades de ritmo intenso pode aumentar a resposta inflamatória do organismo, principalmente em iniciantes. Com a idade, o sistema imune passa a ser menos ativo para a defesa do organismo e mais ativo para o desenvolvimento de substâncias inflamatórias.
“Para quem é sedentário e vai começar a treinar, a única intensidade indicada é a leve, com movimentos que possibilitem um tempo hábil de resposta do sistema imune”
Como iniciar ou retomar uma rotina segura de exercícios
- Não tente recuperar o tempo perdido: a retomada sem o acompanhamento de um profissional pode desencadear, além da disfunção do sistema imune, sérias lesões;
- Faça uma avaliação física com um profisisonal de educação física antes de iniciar o planejamento de exercícios.
- Não fique sem alimentar,coma os alimentos de qualidades e saudáveis para seu corpo,mente e imunidade.
- Tente monitorar o seu treino ou treine numa precepção de esforço aquela que permitem você conversar durante o exercício.
- No caso de caminhadas, ou pedaladas, o indicado é praticar 30 minutos diários. Melhor pouco tempo diariamente do que 60 minutos três vezes por semana;
- Em treinos (como musculação), o ideal é intercalar um dia de treino com outro de descanso;
- Evite modelos de exercícios com maior mobilização de massa muscular, como correr em alta velocidade, para evitar a hiperventilação durante a prática;
- Havendo desconforto com a máscara, como tontura e
aceleração da respiração, reduza a intensidade e aumente o tempo de
intervalo dos exercícios;
- Hidrate-se antes, durante e após a atividade física.
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