sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

COVID 19: 80% DOS RECUPERADOS TÊM PROBLEMAS DE MEMÓRIA E CONCENTRAÇÃO: EXERCÍCIOS E SEUS BENEFÍCIOS





Estudo inédito mostra que mesmo pacientes com sintomas leves da doença e os assintomáticos apresentaram sequelas nas funções cognitivas

 O estudo mostra que 80% dos pacientes recuperados da COVID-19 tiveram problemas como perda de memória, sonolência, dificuldade de concentração entre outros


O Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) analisou a relação entre a infecção pelo novo coronavírus, responsável pela COVID-19, e problemas nas funções cognitivas que a doença deixa nos pacientes recuperados.

 

O estudo, inédito, mostrou que 80% das pessoas apresentaram perda de memória, dificuldade de concentração, problemas de compreensão, sonolência, falta de equilíbrio e problemas de raciocínio.

Alguns pacientes tiveram ainda habilidades prejudicadas, problemas na execução de várias tarefas, mudanças comportamentais, emocionais e confusão mental.

Além disso, os primeiros resultados apontam que não só aqueles que manifestaram a forma mais grave da doença sofreram com alguma sequela cognitiva, mas também os que apresentaram sintomas mais leves, incluindo os assintomáticos.

Segundo médicos que participaram do estudo, as consequências da doença no cérebro podem ser tratadas se o diagnóstico for precoce.
A neuropsicóloga Lívia Stocco Sanches Valentin, uma das responsáveis pela condução da pesquisa, explicou ao jornal O Estado de S. Paulo que o vírus invade as vias aéreas, compromete o pulmão e causa falta de oxigênio no cérebro e no organismo humano. Isso, segundo ela, pode afetar o sistema nervoso central e comprometer as funções cognitivas. 

Como foi feita a pesquisa


Na 1ª fase do estudo, 185 pacientes foram monitorados de março a setembro de 2020. A pesquisadora usou um jogo mental digital criado por ela em 2010 para avaliar os pacientes de diversas idades e classes econômicas. O MentalPlus avalia alterações neurológicas em pacientes com sequelas de anestesia geral profunda.

“Como já usava o MentalPlus, abri mais um protocolo de pesquisa para avaliar as funções cognitivas na COVID e vimos o estrago”, disse. Além do caráter avaliativo, o jogo também funciona como uma ferramenta para reabilitação desses pacientes.

De acordo com a pesquisa, 62,7% dos participantes tiveram a memória de curto prazo afetada e 26,8% sofreram com alterações na memória a longo prazo. Já a percepção visual foi prejudicada em 92,4% dos voluntários.

“Quando a gente diz que são recuperados, os pacientes não entendem que é algo maior. Até fala que saiu ileso, mas não por completo, porque permanece o cansaço, a tosse, a dor de cabeça ou a questão cognitiva, mesmo que leve”, afirmou. “As pessoas não entendem que a disfunção cognitiva é o quadro mais grave que é deixado como sequela”.

Lívia explicou que, em muitos casos, as pessoas não percebem que tiveram algum tipo de sequela. A perda de memória é entendida como algo normal para muitos deles.

“A pessoa se confunde em tarefas simples e acaba justificando essas falhas com outras coisas do dia a dia: preocupações financeiras, muito tempo em quarentena, por não viajar”, afirmou a neuropsicóloga.

Atualmente, há 430 pacientes em acompanhamento na pesquisa e o InCor continua aceitando voluntários.

“Fomos incentivados a continuar para ajudar nessa questão de saúde pública, porque precisamos saber o que fazer no pós-COVID. No Brasil e no mundo, é um estudo pioneiro pensando no pós-COVID”, disse Lívia.

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A pesquisadora alerta, com base nesse levantamento, para a necessidade de se fazer uma avaliação clínica dos pacientes, após a recuperação, observando questões como sonolência diurna excessiva, fadiga, torpor e lapsos de memória. 

Estudo pode ser referência para OMS


Os resultados desse estudo são tão importantes que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) aguarda os resultados finais da pesquisa para adotar a metodologia desenvolvida no InCor como padrão em âmbito mundial no diagnóstico e na reabilitação da alteração cognitiva pós-COVID-19.

Entenda por que exercícios aeróbicos aumentam proteção contra Covid-19

 

Treinos fortalecem sistemas respiratório e imunológico, o que contribui para diminuir a gravidade de infecções provocadas pelo coronavírus

Uma revisão de estudo científicos feita pela Universidade Istanbul Gelisim, na Turquia, trouxe uma boa notícia para quem está em dia com os exercícios físicos. Aumentar a capacidade aeróbia pode produzir melhorias seguras de curto prazo na função dos sistemas imunológico e respiratório, que estão entre os mais afetados pela infecção provocada pelo coronavírus. O estudo foi publicado na revista científica Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews.

 Para realizar o levantamento, os pesquisadores utilizaram dados dos bancos de base do Web of Science, Scopus, EBSCO e Medline. A revisão descobriu que as melhorias de curto prazo no sistema imunológico e respiratório de pessoas ativas ocorrem graças a três mecanismos.

 O primeiro seria o aumento no nível e na função de células imunológicas e das imunoglobulinas, regulando os níveis de CRP (proteína c-reativa) e diminuindo a ansiedade e a depressão. A CRP é uma proteína produzida principalmente por células hepáticas em infecções bacterianas e exerce ação variada contra as bactérias.

 

As atividades físicas aeróbicas também agem como um antibiótico, antioxidante e antimicótico, restaurando a elasticidade e a força do tecido pulmonar normal. Por fim, os treinos regulares conseguem diminuir os fatores de risco do coronavírus, o que ajuda a reduzir tanto a incidência quanto a progressão da doença.

Cuidado com exageros

No entanto, em excesso, os exercícios físicos podem fazer mal. Fabio Ceschini, fundador da plataforma Viajando pela Fisiologia, explica que os melhores exercícios para preservar a imunidade são os de intensidade leve e moderada.

De acordo com ele, exagerar em atividades de ritmo intenso pode aumentar a resposta inflamatória do organismo, principalmente em iniciantes. Com a idade, o sistema imune passa a ser menos ativo para a defesa do organismo e mais ativo para o desenvolvimento de substâncias inflamatórias.

“Para quem é sedentário e vai começar a treinar, a única intensidade indicada é a leve, com movimentos que possibilitem um tempo hábil de resposta do sistema imune”

 

Como iniciar ou retomar uma rotina segura de exercícios

  • Não tente recuperar o tempo perdido: a retomada sem o acompanhamento de um profissional pode desencadear, além da disfunção do sistema imune, sérias lesões;
  • Faça uma avaliação física com um profisisonal de educação física antes de iniciar o planejamento de exercícios.
  • Não fique sem alimentar,coma os alimentos de qualidades e saudáveis para seu corpo,mente e imunidade.
  • Tente monitorar o seu treino ou treine numa precepção de esforço aquela que permitem você conversar durante o exercício.
  • No caso de caminhadas, ou pedaladas, o indicado é praticar 30 minutos diários. Melhor pouco tempo diariamente do que 60 minutos três vezes por semana;
  • Em treinos (como musculação), o ideal é intercalar um dia de treino com outro de descanso;
  • Evite modelos de exercícios com maior mobilização de massa muscular, como correr em alta velocidade, para evitar a hiperventilação durante a prática;
  • Havendo desconforto com a máscara, como tontura e aceleração da respiração, reduza a intensidade e aumente o tempo de intervalo dos exercícios;
  • Hidrate-se antes, durante e após a atividade física.
POR Professor Especialista Nelson Fonseca (Nelson Personal) CREF 000733 G/TO
Profissional de Educação Fisica UNIRG
Acadêmico em Nutrição no Centro Acadêmico UNIBTA
Pós Graduado em Fisiologia do Exercício,Biomecânica e Personal LABORO/ESTACIO
Pós Graduado em Nutrição Esportiva LABORO/ESTACIO
Credenciado na Metodologia da Gallo Personal Systems Brasil
Certificado na Metodologia Treinamento Funcional CORE 360
Especialista em Treinamento para Grupos Especiais (cardiopatas,hipertensos,diabéticos,obesos,gestantes,crianças e idosos)
Especialista Em Emagrecimento 
Preparação Física de Atletas 
Programa de Emagrecimento saudável orientado 48 dias 
Criador do programa de saúde Viva Saúde

https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2021/02/11/interna_bem_viver,1237062/covid-19-80-dos-recuperados-tem-problemas-de-memoria-e-concentracao.shtml

https://www.metropoles.com/saude/entenda-por-que-exercicios-aerobicos-aumentam-protecao-contra-covid-19

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