quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

COVID 19: OBESIDADE, SISTEMA IMUNOLÓGICO E EXERCÍCIO FÍSICO. ENTENDA



 

Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que percentual de pessoas obesas no Brasil subiu de 11,8% em 2006 para 20,3% no ano passado

 

Obesidade cresce 72% entre os brasileiros em 13 anos

Obesidade e sobrepeso

Segundo a pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde, a prevalência de excesso de peso também aumentou, considerando o período 2006-2019: passou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. Em 2019, o percentual de excesso de peso entre homens foi de 57,1% e entre mulheres, 53,9%.

“Sabemos se é obesidade ou excesso de peso pelo Índice de Massa Corpórea (IMC), que é o peso divido pelo quadrado da altura da pessoa. Esse índice até o número 25, é considerado peso normal. De 25 a 30, é o que chamamos de sobrepeso. De 30 a 35, chamamos de obesidade grau 1. De 35 a 40, obesidade de grau 2. Acima de 40, grau 3. E, acima de 50, uma grande obesidade. A intensidade da obesidade faz com que as doenças associadas sejam cada vez mais graves”, diz o presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, doutor Mário Carra.



Riscos à saúde

Recentemente, dois estudos, um da França e outro dos Estados Unidos, apontaram que a obesidade é um dos fatores de risco para a Covid-19. O excesso de peso associado à outras complicações, como diabetes, aumenta a chance do quadro do coronavírus evoluir em pessoas obesas.

Além disso, a obesidade pode prejudicar a capacidade respiratória, fortemente atacada pela Covid-19.

“O maior risco é que a obesidade provoca uma espécie de inflamação crônica no organismo. Sempre um processo infeccioso é mais grave em uma pessoa com excesso de peso ou obesidade, do que em uma pessoa com peso normal. No período de pandemia, não vai ser possível que alguém diminua o peso para reverter esse processo”, destaca o doutor Mário Carra.

A obesidade é causa de várias doenças crônicas, como hipertensão, doenças respiratórias, doenças do sono e lesões em tendões, músculos e articulações.

Comportamento social

 

De acordo com a pasta da Saúde, o aumento da obesidade e do sobrepeso no Brasil pode ser explicado por mudanças comportamentais ocorridas na sociedade nas últimas décadas, principalmente aquelas relacionadas à alimentação inadequada e ao sedentarismo.

E O EXERCÍCIO FÍSICO PODEAUXILIAR NA PREVENÇÃO DA COVID – 19

Professor Esp.Nelson Fonseca (Nelson Personal)

Sabemos que o exercício físico trás de inúmeros de benefícios para nossa saúde física, mental, Os exercícios também estão diretamente ligados à redução do estresse oxidativo, que é o desbalanço entre radicais livres e antioxidantes em nosso corpo, processo cujas consequências podem causar sérios riscos à nossa saúde, como doenças, envelhecimento precoce e morte celular.

Atividade física moderada aumenta a imunidade, ajudando no combate ao coronavírus, já treinos intensos não contribuirão para o sistema imune,

Os benefícios dos exercícios físicos são inúmeros, inclusive quando se trata da questão imunológica. O exercício físico de forma moderado e regularmente não previne o contágio do novo coronavírus, mas deixa o organismo mais resistente e protegido contra outras doenças que podem ser fatores determinantes para potencializar a ação do vírus. Fortalecendo o sistema imunológico, a resposta do organismo será mais eficiente contra diversos casos de infecção e, é também com esse propósito, que a prática de atividades físicas pode atuar. É praticamente consenso entre os estudiosos que a prática regular de atividades físicas com intensidade moderada pode ser considerada como uma aliada no aumento da imunidade.  O aumento dos linfócitos (células do sistema imunológico que atuam com a função de defender o organismo de agentes desconhecidos) extingue e neutraliza células infectadas por vírus e bactérias.

EXERCÍCIO FÍSICO E SISTEMA IMUNOLÓGICO

Relação covid-19, imunidade e exercício A imunopatologia da infecção por Sars-CoV-2 envolve tanto o sistema imune inato (células imunológicas existentes desde o momento do nascimento) quanto o adaptativo (células imunológicas adquiridas por meio da exposição e presença da memória imunológica). Após a infecção pelo vírus, ocorre uma tempestade de citocinas pró-inflamatórias —que é uma resposta imune exagerada a um estímulo externo, usualmente induzido por infecções virais, sendo que as concentrações elevadas anormais dessas citocinas levam à ativação do "crosstalk" do sistema neuroendócrino-imune, com a consequente liberação de glicocorticoides que podem prejudicar a resposta .. imune; podendo induzir a diminuição de atividade ou falência de múltiplos órgãos, envolvendo coração, fígado, rim e pulmões. Uma análise publicada feita pelo Neuroimmunomodulation (2020), pontua que a imunomodulação induzida pelo exercício parece ser dependente da interação da intensidade, duração e frequência do exercício. Em modelos humanos e animais, o exercício de longa duração (maior que 2 horas) e/ou exercício intenso (maior que 80% do consumo máximo de oxigênio, VO2máx) está associado a marcadores de imunossupressão, mostrando que exercícios de longa duração e/ou intensos podem tornar os humanos mais suscetíveis a infecções.

Um estudo realizado na Alemanha demonstrou que o dano ao DNA nas células brancas no sangue foi significativamente menor em homens ativos do que em homens sedentários, quando submetidos a um teste de corrida. Destaca-se que por consequência do exercício, a ação dos radicais livres em pessoas ativas é bem menor. Isto se deve ao fato de que a atividade física regular aumenta também os níveis de enzimas que destroem os radicais livres.

O que a literatura já sabe é que: Há uma relação entre a intensidade/duração/frequência do treino e sistema imunológico, sendo o equilíbrio sempre a melhor opção. O exercício aeróbico moderado realizado de forma regular é benéfico para o sistema imunológico. O exercício intenso/longa duração pode ter um efeito depressor temporário sobre o sistema imune, criando uma "janela aberta" e consequente risco de infecções.... 


 

Exercícios como prevenção

 



A prática regular do exercício físico atua como um modulador do sistema imune, de forma a estruturar progressivamente a resposta fisiológica à minimização do dano. Durante a atividade física, uma série de citocinas pró e anti-inflamatórias são liberadas, há incremento na circulação de linfócitos, assim como no recrutamento celular. Tais efeitos levam ao melhor controle da resposta inflamatória, reduzem os hormônios do estresse, e resultam em menor incidência, intensidade de sintomas e mortalidade frente a ocorrência de infecções virais, especialmente as respiratórias.

 

Diferentes estudos sugerem que o exercício físico regular reduz a mortalidade para pneumonia, incluindo por influenza, e favorece as funções cardiorrespiratórias, resposta vacinal, metabolismo da glicose, lipídeos e insulina. Pesquisadores sugerem que a prática do exercício físico, tanto de forma aguda quanto crônica, apresenta o benefício significativo da modulação da inflamação sistêmica, além de contribuir para controle do peso corporal. Tem-se o conhecimento que o melhor efeito modulatório está relacionado com a maior regularidade, intensidade, tipo e duração do esforço ao longo do tempo.

Sabe-se também que os exercícios físicos de moderada intensidade, realizados ≥ 3 vezes por semana com duração de 45-60 minutos e/ou 50-70% do consumo máximo de oxigênio, estimulam a imunidade celular por meio de aumento da liberação de IL-2, recrutamento de células Natural killer (NK), redução do estresse oxidativo, elevação da concentração de leucócitos (30-120 min após a atividade física persistindo até 24 horas), e estímulo ao IFN-γ e supressão de IL-1β, IL-6, e TNF-α, proporcionando uma melhor imunovigilância. Os exercícios dinâmicos com maior atributo cardiorrespiratório promovem a mobilização e redistribuição de linfócitos efetores, mediadas por catecolaminas. A contração muscular, por si só, é responsável pelo aumento transitório dos níveis de IL-6, de maneira proporcional à duração da atividade física e a quantidade de massa muscular recrutada. O aumento dos níveis dessa citocina parece aumentar os níveis de citocinas anti-inflamatórias, como IL-10, liberadas pelas células da imunidade inata. A IL-10 também está associada com o aumento da sensibilidade à insulina e o metabolismo glicêmico.

Os quatro maiores fatores de risco Após analisarem os registros de saúde de quase 40% da população adulta da Inglaterra, que têm mais de 161 mil casos de covid-19 registrados, segundo o European Centre for Disease Prevention and Control, os cientistas confirmaram que os principais fatores que aumentam o risco de morrer pela doença são:

Idade: pessoas com mais de 80 anos possuem centenas de vezes mais chance de óbito, em comparação com quem tem menos de 40 anos. Na Inglaterra, mais de 90% das mortes ocorreram em pessoas com mais de 60 anos.

Ser homem: quando comparados com mulheres da mesma idade, indivíduos do sexo masculino têm mais risco de morrer ao serem infectados

pelo coronavírus. Na Inglaterra, homens representam 60% dos óbitos.

 Doenças crônicas: pessoas com obesidade, diabetes, asma grave e problemas cardiovasculares (como pressão alta) também possuem maior o risco, em comparação a quem não tem essas comorbidades.

 Ser negro, do sul da Ásia ou pertencer a minorias étnicas: o estudo confirmou que pessoas desses grupos têm probabilidade muito maior de morte, em comparação aos brancos. Os pesquisadores ingleses não conseguiram estabelecer os motivos, e apontam que apenas uma parte da elevação do risco é explicada pela maior prevalência de doenças cardiovasculares ou diabetes nessa população.-


    




Por Professor Especialista Nelson Fonseca  (Nelson Personal)

#Profissional de Educação Física CREF 000733 G/TO

#Acadêmico de Nutrição no Centro Acadêmico UNIBTA

#Especialista em Fisiologia do Exercício,Biomecânica e Personal na Laboro/Estácio

#Pós Graduado em Nutrição Esportiva

#Credenciado na Metodologia da Gallo Personal Systems Brasil

#Especialista em Emagrecimento

#Especialista em Treinamento para Grupos Especiais (cardiopatas,hipertensos,diabetes,crianças,idosos,gestantes)

#Certificado na Metodologia em Treinamento Core 360º

REFERÊNCIAS:

https://jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%C3%9ADE,196190

https://www.rededorsaoluiz.com.br/instituto/idor/novidades/exercicio-fisico-pode-evitar-desenvolvimento-de-sintomas-graves-de-covid-19

https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/paola-machado/2020/08/19/covid-19-exercicio-e-imunologia.htm

https://pebmed.com.br/o-exercicio-fisico-no-combate-a-covid-19/

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/07/11/pesquisa-confirma-os-4-fatores-que-aumentam-risco-de-morte-por-covid-19.htm

 



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